As Autarquias portuguesas têm hoje líderes mais bem preparados e, para bem de todos nós, há hoje maior respeito pelo dinheiro público e gestores mais confiantes que mostram ser possível inovar e crescer sem esbanjar.
Tempos houve em que o dinheiro público foi usado a favor de interesses pessoais, sem o mínimo de critério e de respeito pelos impostos dos cidadãos que, no final das contas, são quem pagam a fatura do despesismo e da falta de pudor.
Dito isto, ocorre-me o exemplo de Paços de Ferreira, um Município abalado por uma despesa e por uma dívida brutal capaz de fazer corar de vergonha qualquer pessoa de bem.
O pior mesmo é que serão necessárias várias décadas para que o concelho se liberte desse jugo. Felizmente, com a vitória do PS em 2013, iniciou-se um trabalho hercúleo no que às contas públicas diz respeito. Os resultados são hoje inegáveis, desde logo com a capacidade que houve em estancar essa gigantesca dívida, renegociá-la e construir uma base de confiança e de esperança no futuro do concelho de Paços de Ferreira. Este trabalho está longe de ter sido concluído, mas a verdade é que o caminho feito até hoje prova que tem valido a pena todo este esforço.
Será de todo despiciente criticar ou até ignorar propositadamente o trabalho feito por Humberto Brito e sua equipa (onde me incluo) num futuro melhor porque, na verdade, o pulsar da vida económica e social deste concelho é revelador do novo caminho.
O concelho de Paços de Ferreira tem hoje uma taxa de desemprego sem expressão e a economia local disparou para níveis altamente positivos, mesmo que ainda haja quem, de olhos vendados, seja incapaz de perceber a nova dinâmica social e económica do concelho. E o trabalho feito ao longo dos últimos 4 anos por parte da Câmara Municipal tem sido enorme. Com esforço e rigor absolutos, demonstrou-se ser possível recuperar as contas da autarquia, liquidando dezenas de milhões de euros de dívidas passadas, ao mesmo tempo que se reduziram impostos, baixou-se o preço da água, implementou-se uma política de oferta de manais escolares, bem como de um outro conjunto de apoios sociais. Tudo isto tem sido conseguido com a realização de obra em todas as freguesias e de que a recuperação da rede viária é apenas um dos muitos exemplos.
O futuro, esse continuará a exigir uma total seriedade e transparência na gestão dos dinheiros públicos, bem como a adoção de políticas públicas nas mais diversas áreas. Daqui a 4 anos, de forma soberana, o povo voltará a dizer de sua justiça. Até lá, o que realmente importa é honrar a enorme confiança que nos foi depositada.