Mário Magalhães apresentou, esta sexta-feira, na escadaria do Sameiro, uma candidatura independente à presidência da Câmara Municipal de Penafiel. Perante mais de uma centena de pessoas, o ex-vereador do PSD e ex-deputado à Assembleia da República prometeu apostar em políticas que promovam a dinâmica económica e social e definiu como objectivos transformar Penafiel numa “terra de oportunidades” para os jovens e para as empresas, combatendo ao mesmo tempo o isolamento e a solidão dos mais velhos.
“Não quero Penafiel a discutir o campeonato regional, quero Penafiel na primeira liga do desenvolvimento. Quero entrar na competição das cidades capitais, quero o município a discutir com os mais prósperos”, afirmou o candidato.
“Esta candidatura é de compromisso com Penafiel”
No seu discurso, Mário Magalhães lembrou o seu trajecto político no concelho. “Despertei para a política com menos de 10 anos, influenciado pelo meu pai. Muito cedo percebi que podemos com as nossas ideias mudar os destinos de uma aldeia, de um concelho ou de um país”, disse.
O agora candidato à presidência da Câmara Municipal de Penafiel foi líder da JSD Penafiel durante quatro mandatos, membro da Assembleia Municipal de Penafiel durante outros três. “Na Assembleia Municipal, em 1992, fui o único membro que se opôs à venda das nossas captações de água em Entre-os-Rios às Águas do Douro e Paiva. E o futuro deu-me razão”, afirmou o social-democrata, que aderiu ao partido há 33 anos. “Hoje Penafiel pode-se orgulhar porque é dos únicos a nível nacional com captações próprias, sendo a Penafiel Verde considerada um exemplo do sector”, acrescentou.
Foi depois vereador na Câmara Municipal, durante dois mandatos, exercendo vários pelouros. Em 2011 foi candidato à Assembleia da República, tendo sido eleito e mantendo-se em funções até 2015. “Em Lisboa dediquei-me a lutar pelas causas da nossa terra, como a construção da EN 15 entre Paredes e Penafiel e o IC35 com que me comprometi. Lutei pela discriminação positiva da região”, lembrou o candidato.
Definindo-se como “humilde, um cidadão livre, um penafidelense que ama a sua terra, que faz política por convicção, por causas, pelo desenvolvimento e que sempre se manteve na mesma família política”, Mário Magalhães realçou que se poderia dedicar a projectos de carácter nacional ou até internacional, mas que optou por esta candidatura à câmara, numa lista “livre e independente”.
“Esta candidatura é de compromisso com Penafiel. Temos tudo para o sucesso. Quero transformar Penafiel numa terra de oportunidades para uma geração jovem e bem preparada. Não podemos desperdiçar a juventude, precisamos da sua energia e competências”, sustentou. Por outro lado, quer ajudar as empresas que sempre investiram no concelho e impedir que abandonem Penafiel e captar novos investidores para criar riqueza e postos de trabalho. Combater a solidão e isolamento e diminuir as desigualdades ainda existentes será outro objectivo.
Sandrina Lopes Lourenço apresentou-se como candidata à Assembleia Municipal de Penafiel. “Esta foi uma decisão ponderada e responsável. Entendo ser capaz de contribuir para o debate político e o desenvolvimento sustentável do nosso concelho”, afirmou. “O maior estigma da minha geração é a emigração forçada. A minha geração foi fustigada pela falta de emprego, salários baixos e falta de condições para criar o próprio emprego”, disse a candidata que prometeu lutar para criar oportunidades para que “os filhos da terra” regressem ao concelho.
Já o mandatário da candidatura, Bartolomeu Noronha, presidente do Observatório das Autarquias Locais, defendeu que as “formas de fazer política mudaram” e que é tempo de pensar o território à escala global. “É preciso trazer empresários a Penafiel e é preciso ajudar as empresas a ir lá para fora e o Mário tem uma grande experiência internacional. É um homem da terra, que conhece bem o que Penafiel precisa, que tem experiência autárquica e a nível nacional”, concluiu.