Mantém-se a falta de carteiros, não só na região norte, mas em todo o país, razão pela qual o serviço prestado pelos CTT “continua a decair”. A denúncia partiu, mais uma vez, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) que insiste na necessidade “urgente” de aumentar o número de trabalhadores na empresa, especificando que são necessários “mais de 200” carteiros “só no Grande Porto”, cinco em Ermesinde, Valongo, 20 no Porto, 15 na Maia, cinco em Vila Nova de Gaia, cinco em Gondomar, quatro em Rio Tinto, Gondomar, e quatro em Santo Tirso.
É nestas zonas que se verificam significativos “atrasos na entrega de correspondências”, que podem ir de duas ou mesmo mais semanas”. Um problema que é transversal a outros municípios “de norte a sul do país”.
Em entrevista ao Verdadeiro Olhar o sindicalista Paulo Silva sublinhou que “há falta de recursos humanos”. porque “os trabalhadores que vão embora da empresa não são substituídos”. O que faz com que o pessoal disponível seja sobrecarregado e tenha “ritmos de trabalho brutais”.
Além disso, estes profissionais “são mal remunerados”, ganhando “o ordenado mínimo o que com este “ritmo de trabalho alucinante” faz com que estes profissionais “tenham acidentes de trabalho, fiquem doentes, sobretudo com esgotamentos”, alertou Paulo Silva.
Estas circunstâncias repercutem-se nas populações, porque “a empresa não consegue prestar um bom serviço”, o que motiva “insultos e agressões aos carteiros”. Paulo Silva relembra que os CTT não podem esquecer que “os alicerces de uma empresa são os recursos humanos”, ora se são escassos ou mal tratados, isso “vai reflectir-se nos serviços prestados”.
Para já, sindicato promete “continuar a denunciar esta situação”.