Os partidos políticos e coligações prevêem gastar 31 milhões de euros nas Autárquicas 2021, mostram os orçamentos entregues e disponibilizados pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos através da página do Tribunal de Contas. É uma descida face aos 35 milhões gastos há quatro anos.
Olhando à região, nos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo serão usados em propaganda, cartazes, comícios e espectáculos, concepção de campanhas e brindes, entre outros, mais de 784 mil euros. A maioria dos fundos vem das subvenções estatais.
Através do quadro abaixo é possível perceber que, em todos os concelhos, as campanhas mais caras são as do Partido Socialista (sozinho ou em coligação, no caso de Penafiel): quase 326 mil euros. De todos os concelhos, o orçamento de campanha mais dispendioso – 75 mil euros – foi o apresentado pela candidatura da coligação Penafiel Unido. No “segundo lugar” das campanhas que mais fundos investem está a do PS, em Valongo (71 mil euros). A terceira mais dispendiosa é a também do PS, em Paredes (quase 69 mil euros).
Concelho a concelho, Paredes é onde a soma dos valores que os partidos e coligações se propõem a gastar é mais elevada: mais de 210 mil euros. Depois da candidatura do PS, que custará cerca de 69 mil euros, a do PSD/CDS-PP prevê gastar mais de 56 mil e a do Movimento Juntos por Paredes (Nós Cidadãos e Aliança) antevê um custo de 54 mil euros.
Em Valongo, o total das sete candidaturas é de quase 199 mil euros, sendo mais uma vez o destaque para os 71 mil euros orçamentados pelo PS, os mais de 46 mil antevistos pelo PSD/CDS-PP/Mais, da coligação Unidos por Todos e os cerca de 41 mil euros da campanha do Nós Cidadãos.
Em termos do montante global de gastos, em Penafiel estão orçamentados quase 160 mil euros. Depois dos já referidos 75 mil euros que a coligação que junta PS e RIR pretende gastar, segue-se o orçamento da coligação Penafiel Quer (PSD/CDS-PP) de mais de 62 mil euros, com os gastos das três restantes candidaturas na corrida a serem mais equitativos.
Em Paços de Ferreira serão gastos nestas Autárquicas mais de 110 mil euros. O PS vai gastar mais de 61 mil euros e a candidatura do PSD prevê custos de mais de 36 mil euros. São mais de 25 mil euros de diferença, discrepância idêntica à encontrada entre as candidaturas de PS e PSD/CDS-PP em Valongo. A terceira força política com maior orçamento do concelho é o Chega.
O concelho de Lousada é onde o valor que as candidaturas pretendem gastar é menor: 106 mil euros (aproximadamente). O PS orçamentou quase 50 mil euros de gastos e o PSD/CDS-PP quase 44 mil euros.
Em termos partidários, além do já referido, destaque para os orçamentos da CDU em Valongo e Paredes, muito mais elevados que os dos restantes concelhos da região, 22 mil e 16 mil euros, respectivamente.
O Chega espera gastar oito mil euros por concelho, à excepção de Lousada, em que o orçamento de campanha é de quatro mil euros.
