O coro polifónico e intermunicipal, composto por vozes da comunidade dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), vai apresentar-se “num espetáculo único de criação coletiva e colaborativa”, no dia 11 de novembro, às 21h30, no Pavilhão Multiusos de Paredes.
Depois de, em 2021, o projeto Cor(p)o Metropolitano ter levado a cabo 17 residências artísticas, que culminaram com a apresentação do mesmo número de espetáculos, realizados em cada um dos municípios que compõem a AMP, em 2022, este coro apresentou-se, pela primeira vez, de forma conjunta numa estreia que levou até ao município de Espinho um “olhar-viagem” pelas terras memória coletiva que representam, avança a assessoria do evento, em comunicado.
Nas edições de 2021 e 2022, o Cor(p)o Metropolitano desenvolveu o seu trabalho a partir de “uma reflexão sobre o património material e imaterial, os lugares do seu lugar”. Um ano depois, “é o olhar deste Corpo sobre si mesmo e sobre as partes que lhe dão forma, que serve de mote a esta nova criação artística em comunidade”.
Aliás, nas palavras do presidente do conselho Metropolitano do Porto, citado na nota de imprensa, “este é um projeto que aponta a direção que queremos continuar a seguir, por caminhos rasgados a várias mãos, rumo a futuros plurais, diversos, inclusivos e abertos, onde todas as vozes se podem fazer ouvir e, mesmo em dissonância, ser coro”.
Eduardo Vítor Rodrigues acrescenta ainda que “o Cor(p)o Metropolitano é mais que um grande coro: é uma viagem ao território conduzida pelos rostos e pelas vozes de muitos dos que nele habitam, uma verdadeira odisseia renovada a cada edição, a cada processo de trabalho, a cada convocatória, sem que a memória e a identidade dos lugares e de cada comunidade sejam, em todos os momentos, revisitadas, redescobertas ou celebradas – em palco e fora dele”.
O Cor(p)o Metropolitano é constituído por mais de 500 vozes, dos sete aos 89 anos, oriundas dos 17 municípios da AMP, que se juntaram após uma convocatória livre à população. Assim, este conjunto de pessoas representa um “projeto alimentado pela dedicação e pelo compromisso de todos os seus intervenientes – participantes, equipas técnicas e artísticas”.
Desenvolvido sob a chancela MATER 17, tem a marca da ação cultural da AMP que abriu espaço, em cada município e na esfera metropolitana, a um trabalho colaborativo entre autarcas, técnicos, agentes culturais e membros de cada comunidade.
Resulta ainda do compromisso da AMP com a área cultural, refletindo princípios da Carta Metropolitana, criada nesta área, nomeadamente os que incidem no investimento, no estímulo e na promoção da criação artística como fator de participação, inclusão e acessibilidade.
Através de sessões exploratórias de criação, o processo de trabalho iniciado em abril de 2023 conta com a direção musical de Ana Bento, André No, Beatriz Rola, Daniela Castro, Inês Lapa, José Figueiredo, Inês Luzio, Miguel Fernandes, Patrícia Lestre, Rita Campos Costa, Rui Souza, Sara Yasmine e Sofia Portugal.
A direção artística do espetáculo está a cargo do coletivo formado por Ana Bento, Miguel Fernandes, Mauro Rodrigues, Rita Campos Costa e Sara Yasmine. Já a coordenação geral do projeto e da iniciativa MATER 17 cabe a Ana Paula Abreu e José Marques Moreira.
O espetáculo tem entrada livre, sujeito à lotação do espaço.