A canonização da Madre Teresa de Calcutá no dia 4 de setembro em Roma foi um ponto alto e muito apropriado no Ano Santo da Misericórdia ao proclamar santa a grande obreira das obras de misericórdia. Entre os convidados estava, com a mulher e filhos, Marcílio Andrino, um brasileiro que em dezembro de 2008 foi internado em estado de coma num hospital com graves abcessos cerebrais, para ser operado. Quando foram buscá-lo para o bloco operatório,, encontraram-no sentado na cama, perfeitamente consciente e a perguntar o que estava ali a fazer. Foi uma cura repentina, inexplicável e sem sequelas, comprovada nos exames posteriores. A cura foi considerada milagrosa e atribuída à intercessão da Madre Teresa, a quem muito rezaram amigos e familiares, especialmente sua mulher que lhe tinha grande devoção.
De família albanesa, nasceu em Skopje, capital da atual república da Macedónia, em 1910, tendo recebido o nome de Anjezë Gonxhe Bojaxhiu. Depois de uma estadia na Irlanda, veio a fixar-se em Calcutá, na Índia, onde fundou em 1950 a congregação das Missionárias da Caridade, dedicadas a socorrer os mais pobres dos pobres daquela cidade. A sua dedicação aos mais desfavorecidos veio a merecer-lhe a atribuição do Prémio Nnobel da Paz em 1979. As Missionárias da Paz, como também se designam, são hoje cerca de 4.800 religiosas que trabalham em mais de 130 países, onde têm 710 casas de acolhimento de pobres e doentes. Estes números, só por si, e nos tempos que correm, são um verdadeiro milagre da Madre Teresa. É de notar que depois da sua morte houve um aumento de quase mil das suas religiosas, bem como de 130 casas de acolhimento.
Morreu em 5 de setembro de 1997 com um ataque cardíaco, quando se encontrava a preparar um serviço religioso em sufrágio da sua grande amiga Diana, a Princesa de Gales, falecida cinco dias antes em Paris. Diana que em muitas ocasiões demonstrou também grande sensibilidade para com os que sofrem. O funeral da Madre Teresa em Calcutá foi um acontecimento nacional na Índia, tendo-se incorporado no cortejo fúnebre mais de um milhão de pessoas, entre elas multidões de pobres.
Na homilia da missa de canonização da “Santa das Sarjetas”, como se lhe chamava ainda em vida, o Papa Francisco denunciou o que ele chamou de pecado moderno da indiferença com a fome, a exploração e outros sofrimentos. Tembém referiu que a Madre Teresa se comprometeu na defesa da vida, proclamando incessantemente que «quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável». Lembrou que ela costumava dizer que “não falava a língua de todos, mas sabia sorrir”. Disse também o Papa: “Parece-me que, talvez, tenhamos um pouco de dificuldade em chamá-la de Santa Teresa :pois a sua santidade é tão próxima de nós, tão tenra e fecunda, que espontaneamente continuaremos a chamá-la de “Madre Teresa”.
Santa Teresa, Santa Madre Teresa, Madre Teresa, roga por nós!