“De que vale a Câmara apregoar um lucro de quatro milhões de euros, quando todos os dias convivemos com contentores sujos e a abarrotar, passeios e estradas esburacadas, espaços públicos largados ao abandono e um canil municipal sobrelotado?”, criticou Luís Ramalho durante a apresentação pública da sua candidatura à presidência da Câmara Municipal, que decorreu, este sábado, em Alfena.
“Esta Câmara está à espera das eleições para, de forma apressada, atabalhoada e sem estratégia, anunciar três milhões de euros de medidas avulsas e despropositadas”, acusou o ainda presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde.
Candidato promete promover a requalificação urbana
Dezenas de pessoas participaram, este sábado, na sessão de apresentação dos candidatos da Coligação Unidos por Todos, que junta PSD e CDS-PP, à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Valongo.
Alexandre Teixeira foi o primeiro a explicar porque aceitou o desafio de encabeçar a lista à Assembleia Municipal. “Esta coligação vai retomar o rumo de desenvolvimento de Valongo”, garantiu. O candidato deixou ainda quatro ideias que querem implementar na Assembleia Municipal: aproximar o órgão da população, sobretudo dos jovens; descentralizar as sessões, levando as reuniões a todas as freguesias; dignificar o espaço da Assembleia, hoje velho e impróprio; e modernizar e chamar novas pessoas às reuniões.
O candidato caracterizou ainda Luís Ramalho como alguém “leal, próximo das pessoas e determinado em defender o que é justo e razoável”.
O actual presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, com 39 anos, subiu ao púlpito para lembrar que é conhecido por ser um “um presidente que anda no terreno” e que, quando for presidente da Câmara Municipal de Valongo vai continuar a ser assim. “Gosto de meter as mãos na massa, de falar cara a cara com as pessoas. É esta a transparência que quero para Valongo. Vou aplicar este modelo de proximidade a todo o concelho. Quero ser um presidente de verdade”, disse Luís Ramalho, prometendo tratamento igual para todas as freguesias.
E para cada uma das freguesias o candidato à câmara deixou já ideias a implementar. “A cidade de Alfena precisa de um centro cívico, ancorado num novo edifício-sede para a junta de freguesia; em Campo é preciso apostar na zona industrial, para captar empresas e postos de trabalho; em Sobrado vamos apoiar a Casa do Bugio na conclusão da candidatura da Bugiada a Património Imaterial da Humanidade; Ermesinde precisa de tornar-se uma cidade amiga das famílias; e em Valongo vamos rentabilizar o potencial das serras, tornando o concelho numa referência do turismo verde”; garantiu.
Depois de lançar críticas ao actual executivo autárquico, por falta de investimento nos arruamentos e passeios, Luís Ramalho prometeu promover a requalificação urbana, com pavimentações, requalificações de passeios, e investir na iluminação pública e na higiene urbana. Na educação, diz que vai reivindicar a requalificação do parque escolar do 2.º e 3.º ciclos e, “se for preciso, assumir a gestão das EB 2/3 e das secundárias” do concelho.
Bragança Fernandes, presidente da distrital do PSD Porto, e Álvaro Castello-Branco, presidente da distrital do CDS-PP Porto, não puderam estar presentes na apresentação da candidatura. Em representação dos partidos estiveram Luís Montenegro, líder do grupo parlamentar do PSD na Assembleia da República, e Nuno Melo, vice-presidente do CDS-PP e eurodeputado.
Luís Montenegro realçou “a capacidade humana, autárquica e política” de Luís Ramalho. “A mudança que houve em Valongo em 2013 terá valido a pena?”, questionou, dizendo que houve falta de ambição e desenvolvimento em Valongo nos últimos três anos.
“Em Valongo devemos ser diferentes do que vai acontecendo no país. Os autarcas do PSD e do CDS-PP têm que ser de verdade e não podem ser publicidade enganosa, como tem acontecido com o Governo”, criticou Nuno Melo.