Até 30 de Junho de 2022 foram aprovados, no Norte, 1,58 mil milhões de euros de fundos e 3.521operações da esfera municipal pelos programas operacionais do Portugal 2020, revela a edição de Dezembro do Boletim “NORTE UE -Dinâmicas dos fundos europeus na Região do Norte”, publicado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
“Correspondendo a cerca 40% do total nacional (3,9 mil milhões de euros), esta dotação coloca os municípios desta região como aqueles que maior dinamismo apresentam”, revela o documento.
Os dados deste relatório mostram que a média regional do Norte de intensidade de apoio é de 440 euros por habitante, sendo que as quatro sub-regiões com menores densidades populacionais – Terras de Trás-os-Montes, Douro, Alto Tâmega e Alto Minho – “são aquelas que apresentam intensidades de apoio superiores à média regional, concentrando 37% do fundo aprovado apesar da sua população residente não ultrapassar os 17%”, lê-se.
Murça (2.535 euros/habitante), Paredes de Coura (1.860 euros/habitante) e Miranda do Douro (1.675 euros/habitante) são os concelhos com maior intensidade de apoios, enquanto Santa Maria da Feira (166 euros/habitante), Vila Nova de Gaia (171 euros/habitante) e Vila do Conde (213 euros/habitante) ficam no fundo do ranking, demonstram os números da CCDR-N. “Os primeiros 27 concelhos com maiores intensidades de apoios situam-se em territórios de baixa densidade e apresentam valores de fundo aprovado por habitante superiores ao dobro da média regional”, refere a mesma fonte.
Olhando à região abrangida pelo Verdadeiro Olhar, quer a Área Metropolitana do Porto (AMP) quer o Tâmega e Sousa ficam abaixo da média regional de 440 euros/habitante. A sub-região do Tâmega e Sousa chega aos 432 euros e a AMP aos 287 euros por habitante.
Entre os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo, Lousada é o que tem maior intensidade de fundo aprovado por habitante: 508 euros. É o único concelho acima da média regional do Norte. Seguem-se Penafiel, com quase 367 euros/habitante, e Valongo, com 313 euros/habitante. Em Paredes a intensidade de fundos aprovados por cada habitante é de 303 euros e, Paços de Ferreira, regista o menor valor 261 euros/habitante.
Olhando à AMP, São João da Madeira tem a maior intensidade de fundos aprovados por habitante (688 euros) e Vila Nova de Gaia a menor (171 euros). Já no Tâmega e Sousa é Resende que tem maior valor de fundo aprovado, 678 euros por habitante, e Paços de Ferreira o menor, os já referidos 261 euros por habitante.
Os concelhos com mais operações aprovadas são Lousada e Penafiel e os que têm maior volume de investimento elegível aprovado são Paredes e Valongo (ver tabela acima).
