A Câmara de Lousada já iniciou o Programa BioEscola, iniciativa que pretende diversificar a oferta escolar já existente nos estabelecimentos de ensino do concelho promovendo uma oferta educativa baseada na educação ambiental e científica.
O programa destina-se a todas as escolas do concelho e abrangendo todos os ciclos escolares do ensino básico e secundário e teve início no mês de Novembro e vai durar todo o ano lectivo, neste primeiro ano piloto.
Segundo o vereador do ambiente da Câmara de Lousada, Manuel Nunes, o programa BioEscola consiste numa oferta educativa complementar aos regulares conteúdos programáticos, inclui oficinas pedagógicas e o acompanhamento científico de projectos em torno da educação ambiental e da promoção da cultura científica.
“Na prática, as actividades estão elencadas num manual com mais de 50 acções disponíveis. Os professores do ensino básico e secundário das escolas do concelho de Lousada podem seleccionar as actividades que querem desenvolver para complementar o leccionamento das matérias escolares, estando disponíveis actividades para as várias faixas etárias e para diversas disciplinas das áreas das ciências, letras e artes”, disse.
Estima-se que serão realizadas mais de 150 acções educativas, num total que deverá superar os três mil alunos.
“Os professores é que elegem a participação das suas turmas nas actividades, estando estas disponíveis por marcação. Neste momento os professores estão ainda a agendar as actividades, havendo interesse e pré-agendamentos por parte de inúmeros estabelecimentos de ensino”, avançou.
Segundo o vereador, o programa aborda temas como a biodiversidade, os recursos naturais ou a paisagem, este programa visa complementar os planos curriculares das mais diversas áreas científicas, desde a matemática às línguas, passando pela história e expressão plástica.
“Constitui uma forma de enriquecimento da lecionação das matérias escolares, que funcionará por marcação por parte dos professores interessados”, acrescentou.
Falando da oferta que a Câmara de Lousada está a implementar, as actividades disponíveis complementam os planos curriculares, ao proporcionarem uma abordagem mais didáctica e de certa forma lúdica a determinada matéria escolar que os professores desejem ver explorada. “Vamos supor que um professor de estudo do meio quer reforçar as suas aulas sobre as estratégias de locomoção dos animais. Para o efeito selecciona uma das oficinas disponíveis (relacionada com esse assunto) e um dos técnicos do projecto ajustará os conteúdos da actividade, dando enfoque a essa matéria, e demonstrando-a com actividades e abordagens mais práticas. As actividades podem ser realizadas em sala, em espaço exterior, na Mata de Vilar, ou ainda no Centro de Educação Ambiental ‘Casa das Videiras’, quando a obra, actualmente em curso, estiver concluída”, expressou.
Ao nosso jornal, o autarca assumiu que o propósito deste programa é a complementaridade curricular.
“Todavia, sendo o ambiente uma prioridade e, cada vez mais, um imperativo nacional, não deveria a educação ambiental formal manter-se arredada desse desígnio por muito mais tempo, sob pena da próxima geração de adultos, à semelhança da anterior, vir a apresentar o mesmo défice de conhecimentos, envolvimento e comprometimento com as questões de carácter ambiental e de sustentabilidade”, afiançou.
O programa organiza-se em dois tipos de actividades, as Oficinas BioEscola e os Projectos BioEscola… Cresce Contigo!.
As oficinas são actividades isoladas, de curta duração (o tempo de uma aula, uma manhã ou uma tarde). Os projectos BioEscola… Cresce Contigo! são mais prolongados no tempo. Trata-se de pequenos projectos científico-educativos que podem ser trabalhados e explorados ao longo do ano lectivo e por uma ou mais disciplinas.
“Exemplos são a construção e manutenção de uma horta, ou a monitorização de uma espécie de planta ou animal”, afiançou.