Os encarregados de educação devem envolver-se na “estimulação” dos filhos que, em contexto escolar, são encaminhados para terapias”. Esta foi uma das conclusões dos programas DICAS, Diversidade, Inclusão, Complexidade, Autonomia e Solidariedade, e Promoção da Leitura e da Escrita na Educação Pré-Escolar, relativos ao último ano lectivo, nas escolas de Lousada, e que foram apresentadas pelo município, junto dos agrupamentos de escolas, educadores, docentes e psicólogos.
Se os encarregados de educação estimularem os seus educandos, em áreas como a motricidade, linguagem e autonomia, vai ajudar as crianças a ultrapassarem os seus problemas de forma mais célere.
O programa DICAS é composto por três projetos, com públicos-alvo diferenciados e que vai desde o jardim-de-infância até ao secundário. Assim, o SEA consiste na sinalização, encaminhamento e acompanhamento de alunos que frequentam o ensino pré-escolar. Aqui, foram abrangidas 400 crianças, com quatro anos de idade, dos vários agrupamentos de escolas de Lousada.
Das várias áreas rastreadas, incluem-se aquelas que englobam “competências locomotoras e manipulativas, compreensão visual e da linguagem, interacção social e autonomia pessoal”. Neste caso, é feita a avaliação da criança, aferindo as suas capacidades. Depois de identificados problemas, os alunos são acompanhados, com indicações de “estímulos”, como forma de os debelar”, refere o município. Um trabalho que é feito, em colaboração com as educadoras de infância e que deve merecer a atenção dos pais, revela a autarquia, em comunicado.
Segundo o município, este projecto, “único em Portugal, ao nível do pré-escolar no ensino público”, rastreou mais de “5200 crianças nos últimos 13 anos”, o que representa “uma cobertura de 88% de todos os alunos elegíveis do concelho”.
Depois de sinalizadas, as crianças “com problemas mais severos” são encaminhadas para diferentes terapias e consultas de especialidade, como de oftalmologia e de desenvolvimentos. No ano lectivo passado, foram acrescentadas actividades de educação física e motricidade, para dar resposta às dificuldades que as crianças apresentaram ao nível das “competências locomotoras”.
No que diz respeito ao projecto SEA, este abrange alunos do 1.º ao 12.º ano. Aqui foram sinalizados mais de 370 jovens com problemáticas diversas, também dos diferentes agrupamentos de escolas, correspondendo a 6% do número total de alunos. Neste universo, concluiu-se “a taxa de abandono escolar no concelho é de 0,08%, o que correspondeu a “quatro alunos”.
De salientar que, estes educandos são acompanhados pelos serviços de psicologia e orientação dos agrupamentos e pelos psicólogos do município.