A Câmara de Lousada diz que tem vindo a efectuar acções que visam a protecção das andorinhas-das-barreiras, uma espécie migratória que este ano construiu várias mega-colónias ao longo da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior (PPLSS).
“Em Lousada, estas andorinhas encontraram um santuário. Há vários anos que o projecto local de ciência-cidadã Casa-Ninho apela à população para comunicar locais de nidificação de espécies emblemáticas como a coruja-das-torres, o mocho-galego, os andorinhões e as várias andorinhas. Os ninhos identificados são monitorizados pelos biólogos da equipa Lousada que garantem a sua salvaguarda e a sensibilização da população”, salienta nota de imprensa, salientando que esta Primavera, Lousada foi agraciada com a instalação de grandes colónias de andorinha-das-barreiras, uma delas com mais de 400 ninhos.
“Na PPLSS, a paisagem agro-florestal, a biodiversidade e a compatibilização entre as actividades humanas e a natureza ditam a agenda de trabalhos e o desenvolvimento de projectos colaborativos, que procuram resolver conflitos e promover o desenvolvimento sustentável”, lembra a Câmara. Trata-se da “mais recente área protegida de Portugal, composta por uma matriz territorial agro-florestal de 1609 hectares”, que abrange oito freguesias.
Em nota de imprensa, a autarquia explica que a andorinha-das-barreiras (Riparia riparia) é a mais pequena das cinco espécies de andorinhas que nidificam em Portugal. É a única que escava os seus ninhos, tipicamente em taludes verticais arenosos ou barrentos, em vez de os construir. É uma espécie migratória protegida por lei e, tal como as restantes andorinhas, pode voar mais de 10 mil quilómetros a cada migração. Encontra-se em Portugal entre Março e Setembro, estando em latitudes mais quentes de África durante o período de inverno em território nacional.