“Ruas intransitáveis, educação com horários incompletos e más refeições para os alunos, falta de habitação social nas freguesias”, assim como o “sobrecarregado Hospital Padre Américo” foram algumas das criticas apontadas pelo presidente da comissão política concelhia local ao trabalho do atual executivo municipal, liderado por Alexandre Almeida.
Ricardo Sousa, que falava à margem do jantar de reis, que decorreu em Paredes e que juntou cerca de duas centenas de militantes, considerou que a gestão do socialista Alexandre Almeida “tem graves falhas” e que abrangem as mais variadas áreas.
Críticas alinhadas com que se passa em Portugal, onde se vivem dificuldades “na saúde, na educação que é o único elevador social que os jovens têm, assim como o aumento do custo de vida” e que se sente, sobretudo, “nas rendas e nas despesas com alimentação”, enumerou Ricardo Sousa.
Todos estes pontos somas traduzem-se em “adversidades com as quais muitos portugueses estão confrontados”, frisou o social democrata, aproveitando para apelar aos paredenses para que no dia 10 de março expressem nas urnas este sentimento que considera de insatisfação para com as atuais políticas.
Presente no jantar esteve Sérgio Humberto, presidente da distrital do PSD Porto, que reiterou as criticas ao governo e à gestão socialista, sobretudo na habitação ne justiça.
“As pessoas sentem o que se passa na saúde”, disse, elencando o caso do Hospital Padre Américo que “não dá para as necessidades da região”, assim como “o São João que está a ficar igual”. Por isso, “o país está pior do que há oito anos”, apontou o líder como forma de justificar o que está em jogo nas próximas eleições legislativas e que não é mais do que “a verdade do PSD e da AD e a mentira do PS, que esteve a gerir Portugal nos últimos anos e deixou o país pior”.
Mas não foi só o PS o alvo dos sociais democratas, também o Chega foi apontado por Sérgio Humberto como o partido que “faz propostas que não são realistas ou aceitáveis”, mostrando que só nas urnas se pode “combater o populismo”.
Miguel Guimarães, cabeça de lista da Aliança Democrata (AD), pelo círculo eleitoral do Porto, alinhou pela mesma bitola das críticas direcionado-as, sobretudo, para a área da saúde. Tendo sido bastonário da Ordem dos Médicos não deixou de subscrever a sua preocupação “com a situação que se vive nos hospitais e nos centros de saúde”, exemplificando o caso da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, Hospital Padre Américo, ao referir que “está subdimensionada para a população que serve”.
“A saúde não está bem e as pessoas sentem isso no seu dia a dia. Esta região tem um hospital central que é pequeno”, ou seja, “o espaço físico do Hospital de Penafiel precisava de crescer mais, se calhar na área em que até já está implantado”, mas, para isso, urgem “mais recursos, porque a população de referência ultrapassa as 500 mil pessoas”, concluiu.