Vivemos hoje um tempo que, nem nos nossos piores pesadelos, esperávamos puder vir a concretizar-se.
Palavras e expressões como guerra, pandemia ou luta pela sobrevivência, cuja tradução prática apenas conhecíamos através dos livros de história, tornaram-se, num ápice, bem reais para todo o nosso povo.
A esmagadora maioria de nós encontra-se confinada nas suas residências, desempenhando um importantíssimo papel na quebra da cadeia de transmissão deste vírus.
Há, contudo, portugueses que continuam, com prejuízo pessoal, a trabalhar e a lutar, dia após dia, para que o país consiga a dar resposta às necessidades mais prementes do nosso povo: profissionais de saúde; forças de segurança; bombeiros; serviços postais; jornalistas; todos os operadores da indústria alimentar; motoristas, entra muitos outros cidadãos anónimos.
Todos eles heróis sem rosto, a quem o país terá para todo o sempre uma enorme dívida de gratidão.
O nosso povo é resiliente, somos uma nação com centenas de anos de história e, ao longo dessa história, sempre fomos capazes de dar resposta a todos os desafios que nos foram colocados.
Desta vez não será diferente, estaremos à altura daqueles que construíram a nobre história do nosso país e debelaremos este enorme flagelo.
Primeiro está a luta pela nossa sobrevivência, concentrando-nos em proteger o bem mais valioso de todos: a vida dos nossos concidadãos.
Segundo está garantir a sustentabilidade da nossa economia. Assegurar que no dia seguinte ao fim do estado de exceção que todos vivemos, os trabalhadores terão o seu emprego, as nossas empresas continuarão a laborar e que as nossas famílias manterão os seus rendimentos.
O Governo tem dado mostras de estar à altura deste desafio colossal com que a nossa civilização se deparou, estando a criar as condições para dar resposta a estes dois verdadeiros imperativos nacionais.
Os tempos são difíceis, árduos e penosos, mas a minha convicção de que o nosso país ultrapassará esta crise é inabalável.
Assim é, porque a maior arma para combater este vírus é o espírito solidário que sempre caracterizou o nosso povo.
Nós encaramos os problemas dos outros – amigos, vizinhos e até estranhos – como sendo os nossos problemas, oferecemos o nosso saber, trabalho e até património, sem hesitar, percebendo que a nossa força reside no coletivo e que só como um todo será possível debelar este flagelo.
Todos juntos, os que estão em casa, os que se sacrificam na rua e os que nos lideram: VENCEREMOS.