Esta tarde, durante uma visita à ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira, em que os autarcas projectavam a resolução de um problema com vários anos para os próximos dois a três anos, o presidente da Junta de Freguesia de Lordelo falava em “satisfação contida”.
“Gostava que o problema fosse resolvido de forma mais rápida”, disse Nuno Serra, lamentando mais este período de espera em que mais descargas podem acontecer.
O autarca, que tem sido muito crítico em relação à poluição no rio, promete estar atento, sobretudo quanto a descargas sem qualquer tratamento, e lutar pela reposição da fauna e da flora do rio, assim como pela retirada do emissário existente, que tem um grande impacto visual.
E porque a construção da nova ETAR não resolve o problema imediato, Nuno Serra diz que a Junta de Freguesia de Lordelo vai manter a acção em tribunal que apresentou, em Outubro último, contra a Câmara Municipal de Paços de Ferreira e a Águas de Paços de Ferreira, pela poluição causada no rio.
“Tínhamos dificuldades em conseguir análises que provassem a poluição. Mas depois da última descarga, em Setembro, os resultados comprometedores das análises permitiram avançar com a queixa”, que foi apresentada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, explica. “Estes actos criminosos têm que ser punidos”, defende.
O procedimento cautelar exige o fim das descargas poluentes e pede o apuramento de responsabilidades e a aplicação de sanções pecuniárias caso venham a acontecer.
