Os 11 administradores do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), entre os quais se encontravam Carlos Alberto Silva, que deixou há dias a presidência do Conselho de Administração, assim como o seu antecessor, Carlos Vaz, que estavam acusados pelos crimes de peculato e abuso de poder, não vão a julgamento. A decisão foi tomada pelo juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Penafiel que justiticou com os gestores desconheciam que a sua conduta era crime, avança o JN.
Recorde-se que, estavam acusados pelo Ministério Público (MP) dos crimes de peculato e de uso de poder, por suspeita de terem usado viaturas do hospital para uso pessoal, durante cerca de um ano e meio.
A acusação visava duas administrações, a que estive à frente da unidade nos mandatos de 2013 a 2015, e que tinham Carlos Vaz como presidente, e a de 2016 a 2018, liderada por Carlos Alberto Silva.
Segundo o MP acusação,entre 2016 e 1018, os arguidos usaram os carros para se deslocarem entre as respectivas casa e o local de trabalho, tendo-se servido dos automóveis para “executarem deslocações pessoais fora do seu horário de trabalho, em dias de descanso, o que gerou gastos em combustíveis, parques de estacionamento e portagens”.
Tudo somado, representou uma despesa de 63 mil euros, segundo cálculo feito pela Inspecção-Geral das Actividades de Saúde (IGAS).
Após a instrução, o juiz entendeu agora que não ficou provado que os administradores soubessem que as suas condutas eram punidas por lei e optou por anular a acusação.