O projecto existe há sete anos e é desenvolvido pela Academia de Formação Equestre e Hipoterapia de Valongo e Campo. A associação, inscrita no Registo Nacional do Associativismo Jovem do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), dá continuidade à iniciativa com um projecto que se vai reajustando à realidade.
O “Unidos em defesa da floresta” foca-se sobretudo na vigia dos fogos, despoluição, erradicação de lixo e rega das árvores através de patrulhas realizadas a cavalo. Os participantes têm idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos e fazem parte do IPDJ; além deles, acresce um grupo de jovens apoiados pela Câmara Municipal de Valongo.
“O projecto tem sido muito mais galopante, tem tido sempre muita procura de jovens”, afirma Miguel Brandão, presidente da associação do Centro Hípico de Valongo, e confirma que, por norma, vigiam cerca de 10 a 12 pessoas de manhã e, a mesma quantidade, de tarde.
Comentando ainda sobre o programa, o presidente expõe que “tem a vertente de ir ao encontro daquelas crianças (ou jovens) mais desfavorecidas” e explica que é essencial manter, formar e ocupar estas pessoas, oferecendo-lhes apoio cívico e pedagógico.
Este ano, os jovens patrulham as Serras do Porto a partir da serra mais próxima, a Serra das Pias, onde é possível observar e vigiar lugares como a serra de Santa Justa, a encosta de Couce, Paredes e outros lugares circundantes.
Até ao momento, Miguel Brandão realça que não existiram quaisquer ocorrências graves nos lugares vigiados, porém, devido à questão dos passeios e aglomeração de famílias, existe o problema do lixo, potencial provocador de fogos nas florestas. As garrafas de água são as mais encontradas, além de frigoríficos, sofás e móveis.
O problema principal passa, segundo o presidente, pelas pessoas se sentirem ofendidas no momento em que são repreendidas por desapego do próprio lixo, evidenciado “pessoas a descarregar mesmo vidros, lixo doméstico, máquinas de lavar louça e roupa, sofás…”.
“O que este ano alterou um bocadinho foi o rebanho sapador”, confere Brandão, que pastoreia conjuntamente com os participantes.
Para realização da patrulha, deve haver uma preparação prévia que passa por uma formação ao nível teórico e ao nível prático, a partir de jovens que já estiveram presentes em anos anteriores e que já têm experiência no voluntariado.
Os participantes patrulham consoante as datas estipuladas pela IPDJ. Miguel Brandão explica que existe “um projecto que acaba hoje e outro que começa amanhã” e acrescenta que “depois depende muito do IPDJ aprovar novos projectos”. Esclarece ainda que as patrulhas findam de acordo com as orientações da Protecção Civil.