O mês de Julho começou com uma notícia muito feliz para o jovem penafidelense Vasco Sousa, que começou a sua formação no Cristelo, na época de 2010/2011. Foi oficializado na equipa sub-17 do F. C. Porto, com uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, e já treina no Olival.
Até aos cinco anos, viveu em Penafiel, mas os primeiros toques na bola e o gosto pelo futebol surgiram quando estava já a morar em Paredes, através do seu avô. “Ele jogava sempre comigo lá na rua e comecei a dar os primeiros toques e ele incentivou-me a ir para o Cristelo. Sempre me apoiou e levou aos treinos e criou este bichinho dentro de mim”, descreve Vasco Sousa.
Já a mãe não achava muita piada à ideia de ele ser futebolista, mas o jovem de 16 anos conta que agora “já está habituada à ideia” e que a família e os amigos têm-no “apoiado cada vez mais” e “fazem de tudo” para que se sinta bem.
Vasco foi crescendo e passando por outros clubes como o Paços de Ferreira e, mais recentemente, o Vitória de Guimarães, em que esteve cinco anos. Já jogou também na selecção nacional sub-15 e sub-16, que refere como sendo “uma realidade completamente diferente”, com “muito mais competitividade”. “É sempre um orgulho representar o nosso país”, acrescenta.
Agora, conta que a ambição é jogar no Estádio do Dragão. “Fiquei muito contente porque é o clube do meu coração. Desde pequeno sonho jogar no Dragão e tive oportunidade de ir para o F. C. Porto e agora é lutar pela oportunidade de jogar lá”, revela. Mas a primeira meta é adaptar-se ao grupo e só depois tentar ganhar o seu espaço no 11 titular.
O recém-elemento da equipa portista sub-17 conta que foi “muito bem” acolhido logo no primeiro dia de treinos, na terça-feira, o que, aliás, tem sido hábito nas equipas por onde passou. “Sempre tive muita sorte nos colegas de equipa”, sublinha, explicando que, apesar dos primeiros dias serem sempre o “mais complicado” de tudo, sempre o “acolheram bem no grupo”.
Quanto às inspirações, Vasco Sousa, que joga na posição de médio (ofensivo ou centro), considera Messi o seu “verdadeiro ídolo” e conta que desde pequeno via vídeos dele. Mas a inspiração mais próxima que tem é mesmo o avô, que já jogou também no Cristelo e sempre que pode acompanha os seus jogos.
“Ele contava-me histórias dele e eu ficava com os olhos em lágrimas porque ouvia muitos amigos dele a falar que ele tinha possibilidades de ter sido um futuro craque. Muitas vezes, ele fala comigo sobre os objectivos que tinha desde pequeno e eu pretendo concretizá-los”, conta.