Chama-se Nuno Alves, tem 27 anos e é de Paços de Ferreira. Actualmente trabalha numa empresa de mobiliário e é atleta federado de natação no Clube Aquático Pacense. Mas ser músico profissional é o sonho que o move.
Por isso, depois de passar por uma banda, Nuno Alves lançou-se num projecto a solo. O disco, “dois lados de uma caixa de cartão”, com 13 temas originais, será o álbum de estreia. Esta sexta-feira divulgou o primeiro single, “Amor Arte”, uma música que classifica como “animada e alegre” que fala da simplicidade do amor. “Não são precisas grandes obras de arte e artefactos para se fazer alguém feliz, pois todos nós respiramos arte e conseguimos partilhá-la quando estamos apaixonados”, acredita o cantor.
No futuro, o jovem pacense, que deseja contagiar todos com a sua música baseada na “positividade e boa disposição”, almeja actuar em grandes palcos, nos coliseus ou nos maiores festivais de música nacional.
Pais quiseram impor-lhe a música em criança. Gosto veio mais tarde
Fez todo o ensino regular em Paços de Ferreira e licenciou-se na área da Engenharia e Gestão Industrial na Universidade do Minho. Seguiu-se uma pós-graduação em Inglês Avançado na Universidade de Sheffield (Inglaterra).
Mas a música fascinava-o desde pequeno. “Comecei a aprender música como obrigação, pelos meus pais. Como qualquer criança teimosa que não gosta de ser obrigada ou pressionada, sempre fiz de tudo para não ir às aulas e para poder passar, mais tempo, no futebol e na natação”, conta Nuno Alves.
Acabou por desistir. Só anos mais tarde, por volta dos 18 anos, reencontrou o gosto pela música, graças ao incentivo de um primo.
Foi à arrecadação, pegou na antiga guitarra e voltou a ter aulas para conseguir tocar o instrumento. “Passei horas a fio a tocar a mesma sequência de acordes e as mesmas músicas e, aos poucos, juntamente com muita força de vontade, lá fui conseguindo evoluir”, recorda o pacense.
O processo, ao qual juntou aulas de canto, começou também pela escrita das próprias letras para canções que compunha. Começaram como rabiscos em papéis amarrotados, mas deram-lhe a experiência e a confiança necessárias para hoje compor.
“À procura de aprovação ia mostrando, à minha família, aquilo que ia criando. Como eles gostavam eu comecei a acreditar que seria possível melhorar estas composições e que as mesmas talvez pudessem agradar, também, a outros”, explica.
Actuava em festas de anos, saraus, bares… até que, com colegas de escola, nasceu a banda “centoecinco”. O bichinho da música foi crescendo. A banda também. Participaram em concursos, ganharam experiência e maturidade e, quando se aperceberam, já “em palcos de maior dimensão”, em festas populares, semanas académicas e festivais.
Quer chegar aos grandes palcos
Mas Nuno Alves queria crescer na música e fazer dela profissão. Um objectivo que não era partilhado por todos e que conduziu ao fim do projecto, não da amizade, salienta.
Lançou-se então num projecto a solo, “ambicionando horizontes maiores”.
Os primeiros temas, refere o jovem artista, surgiram da criação de originais para a mãe e a irmã, “as duas mulheres mais importantes da minha vida”, sustenta. São eles os temas “Maria” e “Ana Vitória” que serão divulgados este ano. “Sempre fui responsável pelas minhas composições e apenas apresento músicas criadas por mim. A minha inspiração provém do que sinto, das minhas experiências em momentos bons ou maus. Tento libertar essa mesma energia para o papel e criar originais dos quais me possa orgulhar e sentir bem”, adianta Nuno Alves.
E é isso que reflecte o “dois lados de uma caixa de cartão”. Amores de infância, aventuras de super-heróis, amores, sorrisos, ambições e da não existência de impossíveis. “O álbum destina-se a todo o público, pois é de melodia fácil e de letras claras. É uma verdadeira caixa de surpresas. Grandes mistérios se guardam em caixas”, argumenta.
O primeiro single, agora divulgado, chama-se “Amor Arte” e fala do amor e da sua simplicidade. “Para além de ser uma música que pode agradar a várias faixas etárias, desde os mais jovens aos mais adultos, é uma música muito animada e alegre. E é, essencialmente, isso que procuro transmitir nas minhas composições, positividade e boa disposição. Se este tema ajudar a que as pessoas que a ouvirem fiquem mais bem-dispostas, o meu objectivo está mais do que cumprido”, defende Nuno Alves.
As expectativas sobre o sucesso deste primeiro disco são altas, confessa. “Tive a colaboração do produtor Vítor Silva, uma referência a nível nacional, e acompanham-me os músicos Nuno Figueiredo, Sandro Mota, Paulo Pires e Zé Diogo Novais. Para além de serem todos muito talentosos e profissionais tenho plena confiança no trabalho deles bem como nas minhas composições e nas letras que as representam”, afirma.
Num mundo competitivo onde todos vão à procura do sonho, o fã de John Mayer e Ed Sheeran, que se identifica com o pop e o registo acústico, acredita que vai encontrar o seu lugar ao sol.
Entre os sonhos estão os de actuar em grandes palcos como os Coliseus do Porto e Lisboa, os festivais Meo Sudoeste e Marés Vivas e a semana académica da Universidade do Minho. E também o de voltar a pisar palcos da região, onde já actuou, mas desta vez como cabeça de cartaz. Este Verão esteve, por exemplo, em Paços de Ferreira, Lousada, Paredes, Penafiel e Matosinhos. “O público adere e as pessoas parecem gostar das músicas que apresentamos. Espero, ansiosamente, receber a mesma aprovação na apresentação deste disco”, diz Nuno Alves.
Até lá continua a trabalhar na empresa de mobiliário António Alves, Lda e é atleta federado, na modalidade de natação pura desportiva, do Clube Aquático Pacense.