A ‘Jornada Principal’ (AJP) veio publicamente congratular-se com a decisão do Tribunal Administrativo de Penafiel em suspender a recepção de resíduos biodegradáveis no aterro de Sobrado, em Valongo.
Em comunicado, a associação destaca que esta decisão vem de encontro “às justas rendivicacões e manifestações de um povo que sofre, diariamente, com um aterro, a escassos metros das escolas e da população”.
Para o grupo, esta situação traduzia-se num “atentado ambiental”.
Além disso, a AJP aplaude ainda o facto de a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a CCDR-N, também tenha dado “razão” a todas estas denuncias.
Diz a associação que, a população de Valongo “foi enganada e está a ser sacrificada, na sequência de sucessivas decisões que visam, unicamente, interesses económicos” e sublinha que aquela estructura recebe “mais de 400 tipologias de resíduos”, uma situação que revela ser um “atentado à saúde pública”, porque está localizada “no seio da população, não cumpre a legislação e normas em vigor e localizado em cima de linhas de água”.
A terminar, é feito um apelo às “entidades que têm poder e competência, para que se investigue todo este processo e actuação”, com “particularidades únicas no país e que tem deixado a população entregue à sua própria sorte, em completo menosprezo pela saúde pública e pela qualidade de vida dos cidadãos”.
“As escolas, o complexo desportivo e habitações, estão a escassos metros do aterro, como é isto possível, em pleno século XXI”, questiona a associação.
Recorde-se que, no dia 17 deste mês, e por decisão do Tribunal Administrativo (TAF) de Penafiel, deixou de poder receber resíduos biodegradáveis. Uma sentença que validou a decisão da CCDR-N, que havia ordenado a suspensão de recepção de lixos biodegradáveis devido ao facto de “o aterro não ter condições adequadas ao tratamento dos resíduos lixiviados”. A TAF veio, agora, indeferir a providência da Recivalongo contra esta suspensão.