O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ontem ao país e avisou que o confinamento vai prolongar-se face à situação pandémica grave que se vive.
“Temos de estar preparados para confinamento e ensino à distância mais duradouros do que se pensava antes desta escalada”, disse o Chefe de Estado.
“Temos de usar o controlo de fronteiras na entrada e na saída, e num como que auto-confinamento a limitação de deslocação de nacionais para fora do território do continente. Temos de esgotar todas todas as hipóteses na capacidade de resposta em reformados, reservistas, formados no estrangeiro. Não vale a pena esconder a realidade, fazer de conta, iludir a situação, porque essa situação é mesmo a pior que vivemos desde Março do ano passado”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
O que for feito “até Março, até Março, inclusive, determinará o que vai ser a Primavera, o Verão e quem sabe se o Outono”. “E joga-se tudo nas próximas semanas, até Março, inclusive”, avisou.
O Presidente da República definiu este período como “o mais difícil da pandemia que dura há quase onze meses”. “Temos dos mais elevados números da Europa”, frisou, falando da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde.
“O número de mortes cresce a ritmo há meses inimaginável e com ele cresce a perigosa insensibilidade à vida e à morte. Com essa insensibilidade crescem ainda a negação do vírus, da sua gravidade, a negação da necessidade do estado de emergência e até do confinamento. Mas nada disso, nenhuma dessas negações resolve a multiplicação dos mortos, as esperas infindáveis por internamentos, o sufoco nos cuidados intensivos, o sofrimento de doentes Covid e não-Covid”, apontou, num discurso curto.
“Temos de ser mais estritos, mais rigorosos, mais firmes no que fizermos e do que não fizermos. Ficar em casa. Sair só se imprescindível e com total protecção pessoal e social”, apelou ainda.