Francisco Coelho da RochaComemoramos o hoje o nono aniversário do VERDADEIRO OLHAR, o primeiro em formato totalmente digital.

Quando, em 2007, decidimos fundar um semanário regional, tínhamos consciência de que só seria um projecto ganhador se fosse, de facto, diferenciador e radicalmente novo em relação àquilo que já existia no mercado. O mesmo aconteceu quando tivemos o arrojo de apostar na edição exclusivamente digital e de passar o semanário a diário.

Estávamos absolutamente convictos de que havia espaço para uma oferta digital totalmente diferente. Os últimos meses da antiga edição online, que era semanal, revelavam que havia oportunidade, procura e espaço para esta nova fase do VERDADEIRO OLHAR. Os números da edição electrónica mostravam que os leitores procuravam informação no momento, actualizável e adaptada aos novos hábitos de leitura das notícias.

No entanto, nem tudo tem sido fácil. Hoje, como há nove anos, o nosso maior obstáculo vem da parte de alguns políticos. Em Portugal há sempre a tentação de os agentes políticos fazerem depender o seu relacionamento com os órgãos de comunicação social da imagem que deles derem esses órgãos no momento. Isto é, não interessam os projectos ou as pessoas que os sustentam; o que interessa é que não haja notícias que desagradem a quem detém o poder, mesmo que sejam análises críticas que apenas reflictam as interrogações dos próprios eleitores.

O caso mais recente de oposição, difamação e bloqueio do direito à informação vem do executivo socialista de Paços de Ferreira. Quem não se recorda de ver na rua, nas redes sociais, no material de campanha eleitoral, Humberto Brito e Paulo Sérgio Barbosa a distribuir milhares de exemplares do VERDADEIRO OLHAR porque, então, as noticias lhes agradavam? No entanto, agora no poder, em reacção a pontos de vista críticos da sua acção política e de administração do bem público, tudo tentam para silenciar o VERDADEIRO OLHAR.

Mesmo assim, vemos aqui um bom sinal: um sinal de que, como jornal que serve uma comunidade, pomos em causa quer os poderes, quer as oposições, de modo a que todos sirvam as populações que justificam a sua actividade. Nós, pela nossa parte, tratamos de cumprir a nossa obrigação, que é também a de saber se eles cumprem as deles.

Vem aí mais uma campanha autárquica. Entrevistaremos, como habitualmente, todos os líderes políticos, mas não andaremos atrás das caravanas, nem vamos dar todos os pormenores. O nosso empenhamento é em servir todos aqueles que procuram uma informação rápida, actualizada, fundamentada, com lisura e transparência.

Hoje, em dia de aniversário, há duas coisas que me orgulham: o sucesso da edição online, que já atingiu o número de leitores que só prevíamos para daqui a um ano e meio; e a vitória de, em nove anos de existência, nunca ter publicado uma única noticia que viesse a ser desmentida por quem quer que fosse. E assim continuaremos a informar: certo. Sempre!