Um incêndio destruiu, esta segunda-feira, a Soplast, uma fábrica de componentes plásticos para o sector industrial, localizada na freguesia de Campo. A fábrica de grandes dimensões foi consumida pelas chamas quase na totalidade, desconhecendo-se, para já, as causas do incêndio. Não há feridos a registar, uma vez que a fábrica onde trabalham pouco mais de uma centena de pessoas não estava ainda a laborar.
Foi Manuel Rocha, vigilante de uma fábrica contígua à Soplast, que deu o alerta para os Bombeiros Voluntários de Valongo. Aos jornalistas explicou que estranhou o barulho que “pareciam foguetes a rebentar”. Da janela da casa onde fica durante a noite em vigilância, Manuel Rocha apercebeu-se do “clarão das chamas” e, pelas 03h50, telefonou para os Bombeiros de Valongo, acrescentando que quando estes chegaram deu-se um “estrondo medonho” e aí “já estava tomado pelas chamas”.
Chamas consumiram 95 por cento da área total
Bruno Fonseca, comandante dos Bombeiros Voluntários de Valongo, explicou que o alerta para o incêndio na Soplast ocorreu pelas 3h50 desta segunda-feira, mobilizando 18 carros e 55 homens de várias corporações . Quando chegaram ao local, indica, aproximadamente 80 por cento da nave da fábrica estava em chamas, não havendo condições para um combate eficiente, pelo que se optou pela abertura de portas e janelas para possibilitar a entrada da maior quantidade de água possível. Segundo Bruno Fonseca, a existência de materiais inflamáveis dificultaram o combate às chamas que destruiram três dos quatro pavilhões da fábrica, incluindo área de laboração, armazém e escritorios. Pelas 7h05 o incêndio foi dado como dominado, depois de ter consumido 95 por cento da área total. Seguiram-se as operações de rescaldo que ainda se mantêm. “A detecção do fogo foi tardia e evoluiu muito rápido”, disse, explicando que os materiais existentes são “combustível perigoso e que propaga muito depressa”. Apesar da perigosidade das matérias não houve qualquer ferido a registar.
Bombeiros em vigilância activa para evitar reacendimento
No local esteve também uma equipa da Câmara Municipal de Valongo e da Protecção Civil Municipal que concluiu, segundo Bruno Fonseca, não haver condições de segurança para os bombeiros se manterem no interior da estrutura enquanto não for retirado o telhado, uma vez que algumas vigas, pela acção do calor extremo, colapsaram. “Temos de aguardar por equipamento pesado para remover o telhado para fazer o resto do rescaldo”, disse, acrescentando que vão manter-se no local cerca de 20 elementos em vigilância activa para evitar reacendimento. No sentido de encontrar as causas do incêndio esteve no local uma equipa da Polícia Judiciária. À porta da unidade fabril concentraram-se durante a manhã muitos funcionários, alguns deles que iriam começar o turno às 7h00.