O presidente da Câmara de Penafiel afirmou, hoje, depois de reunir com a Ministra da Saúde, que a situação vivida no Hospital Padre Américo melhorou nos últimos dias, mas que as medidas pecaram por tardias.
“O que transmitimos à senhora ministra foi que ficamos satisfeitos que essas medidas tivessem sido aplicadas, mas também que já falávamos destas medidas há mais de 15 dias. Se as medidas que foram agora adoptadas tivessem sido adoptadas com maior antecedência podíamos ter evitado alguma da dor, sofrimento e constrangimento que o hospital viveu nestas duas últimas semanas, quer para os doentes, utentes e profissionais de saúde”, defendeu Antonino de Sousa no final do encontro entre a governante e os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.
Segundo o autarca a ministra justificou o atraso com a estrutura lenta do Estado. “Achamos que podia ter sido feito mais e mais cedo”, reiterou o edil penafidelense aos jornalistas.
Antonino de Sousa sustentou ainda que as soluções agora implementadas, para ampliar o espaço da urgência, em monoblocos, e o centro de testagem drive trhu vão manter-se até a situação estabilizar, e defendeu que além das transferências de doentes é necessário um reforço de profissionais de saúde, num hospital que foi dimensionado para 320 mil pessoas e serve agora mais de meio milhão. Apelou ainda a um reforço dos cuidados de saúde primários para libertar a urgência do Hospital de Penafiel.
A Ministra da Saúde passou, esta manhã, por Lousada e Penafiel, e disse que está a ser difícil recrutar profissionais por não estarem disponíveis no mercado. Afirmou ainda que a pressão sentida pelo hospital foi normal perante o “furacão” que estava a assolar a região.