A Câmara de Paços de Ferreira já está a lançar os concursos públicos para a recuperação do edificado habitacional social existente no concelho. O presidente da autarquia anunciou ainda, em Assembleia Municipal, que o município está a trabalhar, “nomeadamente com a Paços 2000, no sentido de avançar com a construção de novas habitações”.
A grande preocupação, afirmou Humberto Brito, é não criar mais “guetos sociais”, confinando um estrato da população que vai gerar “problemas” no futuro.
“Não é a solução, acho que estamos todos de acordo”, referiu. “A Câmara Municipal não vai construir habitações sociais dessa natureza nem dimensão. Não vão ter 60, 90 ou cento e muitos fogos. Teremos o cuidado de as dispersar pelas diferentes freguesias do concelho”, garantiu o autarca.
Humberto Brito respondia a Valentim Sousa, líder da bancada do PSD, que questionou sobre os 285 pedidos de habitação existentes na informação escrita levada ao conhecimento da Assembleia Municipal. “Cruzando estes dados com o projecto da Estratégia Local de Habitação, o programa 1.º Direito, como não vem referenciado nenhum número, só se diz que deu seguimento a esta estratégia, pergunto se este programa já tem o envolvimento destes 285 pedidos em lista de espera”, questionou o eleito social-democrata.
285 são as famílias referenciadas, afirmou o edil pacense. “Este número não inclui só pessoas que procuram habitação social, são casos de indignidade na habitação. Foi feito um levantamento das situações em que a habitação não reúne as condições de higiene, segurança, conforto e para as quais é necessária intervenção, muitas delas de proprietários privados e/ou senhorios”, situações a que é preciso dar resposta, explicou Humberto Brito.