“Há saltos que podem mudar a tua vida. Protege a tua coluna!” é o nome da campanha da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV), divulgada através do Agrupamento de Centros de Saúde, ACES, do Vale do Sousa Norte, e que tem como objetivo alertar “para as consequências de mergulhos mal calculados tanto nas piscinas como nas praias”.
As lesões na coluna vertebral, motivadas por mergulhos, “são muito graves e podem trazer sequelas irreversíveis”, como “a paralisia das pernas, a paraplegia, dos quatro membros, a tetraplegia, e até a morte, se a fratura ocorrer no segmento mais superior da coluna”, explica o presidente da SPPCV.
Bruno Santiago refere ainda que, se depois do impacto da cabeça com o solo, não houver qualquer outro sintoma além da dor, deve-se consultar um médico. “É necessário não descurar o incidente e pedir observação médica para garantir que não há qualquer consequência na estabilidade da coluna vertebral”.
“Os sinais e sintomas de lesão na coluna incluem dor no local que sofreu a lesão, eventualmente com irradiação aos membros superiores ou inferiores, falta de força ou incapacidade em mover os braços ou pernas, formigueiro ou dormência nos membros e na área abaixo da lesão e perda do controle da bexiga ou do intestino. Mais raramente pode observar-se um estado de consciência alterado e dificuldades respiratórias”, lê-se no comunicado.
No caso de alguém presenciar um acidente ou suspeitar de uma lesão da coluna deve contactar de imediato o 112 e não deve mover a pessoa. A SPPCV relembra que qualquer movimento na vítima pode causar danos maiores e permanentes.
Para prevenir as lesões na coluna, decorrentes de acidentes de mergulho em piscinas ou na praia, deve ser verificada a profundidade do local, mergulhar apenas em locais vigiados e iluminados, assegurar-se que não existem obstáculos como rochas ou bancos de areia. Na piscina deve-se escolher o local onde vai mergulhar de acordo com a profundidade, não correr na zona envolvente e respeitar a sinalização.
