O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) iniciou esta terça-feira a Consulta de Avaliação Multidisciplinar para Tratamento Cirúrgico da Obesidade, que vai admitir, avaliar, orientar e propor os doentes para tratamento cirúrgico desta patologia. Em Junho, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde, 2176 doentes a nível nacional estavam à espera de cirurgia e na área de influência do CHTS existem 492 pedidos de avaliação para cirurgia.
Esta consulta envolve a avaliação de quatro especialidades: Psiquiatria, Nutrição, Endocrinologia e Cirurgia Geral, contando também com o apoio de Gastroenterologia e Imagiologia.
A intervenção cirúrgica para o tratamento da obesidade, ou cirurgia bariátrica, abrange a colocação de banda gástrica, a realização de bypass gástrico, de gastrectomia linear (sleeve) e de derivações bílio-pancreáticas, de acordo com a Portaria n.º 245/2018 que aprova o regulamento que estabelece as condições de acesso de doentes e entidades, no âmbito do Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade.
“A obesidade, considerada uma doença crónica, representa um problema de saúde pública e é definida como uma patologia na qual o excesso de gordura corporal acumulada pode afectar a saúde”, refere nota do CHTS.
Mais de 15% da população portuguesa sofre de obesidade. Diabetes, hipertensão, patologia osteo-articular e risco de desenvolver patologia cardiovascular são algumas das complicações causadas.
O documento refere ainda que o CHTS aguarda a atribuição, por parte da Direcção-Geral de Saúde, das credenciais para Centro de Tratamento Cirúrgico da Obesidade e que está em marcha a assinatura de um protocolo de colaboração na área do tratamento cirúrgico da obesidade com o Centro Hospitalar e Universitário de São João.
Este protocolo tem como objectivo promover a melhoria da qualidade e diferenciação dos serviços prestados aos doentes abrangidos; assegurar resposta às necessidades dos utentes, no que respeita ao acompanhamento desta valência; e assegurar o desenvolvimento da capacidade dos profissionais do CHTS para assegurar o funcionamento gradualmente autónomo de uma Unidade de Tratamento Cirúrgico da Obesidade e Doenças Metabólicas.
