Um grupo de utentes da A41 agendou um buzinão de protesto para as 17h00 desta segunda-feira, em Alfena. Entre as exigências estão a reparação “imediata” do buraco na A41, que tem causado vários problemas de trânsito na localidade, mas também a suspensão da cobrança de portagens, a retirada do pórtico de cobrança em Alfena, a renegociação da parceria público-privada que gere esta via, o reforço dos transportes públicos e a adopção de medidas nas estradas nacionais e municipais que ajudem a uma maior fluidez do tráfego.
Querem reparação urgente da via e fim da cobrança de portagens
Este grupo de utentes da A41 juntou-se espontaneamente, explica Nicolau Ferreira, para protestar contra o atraso nas obras desta via, com trânsito condicionado desde Fevereiro, quando o mau tempo provocou o aluimento de parte do piso devido ao colapso parcial de uma travessia de água, no quilómetro 13, em Alfena.
Em Março, a Ascendi, concessionária desta auto-estrada, apontava para a necessidade de 16 semanas até estarem concluídas as obras. A Câmara Municipal de Valongo exigiu celeridade no processo e também a suspensão da cobrança de portagens e mesmo a colocação de uma ponte militar naquele local, mas nada disso foi feito.
Agora, este grupo de utentes espera que este protesto chame a atenção para o buraco que ainda existe na A41, mas também para outras questões.
Em causa, está ainda a manutenção da cobrança de portagens numa via que não tem as condições necessárias para os utentes. “É uma injustiça pagar portagem por um péssimo serviço”, frisa Nicolau Ferreira. Mais do que isso, os utentes criticam o pórtico de acesso à A3 em Alfena, “que não faz sentido” e os coloca “em desigualdade” no acesso à auto-estrada, em relação a Ermesinde ou à Maia. “Quem vem do Porto e sai em Ermesinde não paga portagem, nem para a Maia, mas para Alfena paga”, realça o porta-voz do grupo. “Aquele pórtico não devia existir”, sustenta.
Pedem a reparação rápida da auto-estrada até porque as estradas alternativas estão a ficar destruídas pelo excesso de tráfego, sobretudo de pesados, e há muitos constrangimentos de trânsito. “O trânsito está muitas vezes parado ou muito lento. Tem sido uma confusão. Eu já demorei uma hora e meia a chegar ao Porto”, deu como exemplo Nicolau Ferreira.
O protesto serve ainda para criticar a ineficaz rede de transportes públicos.
O início do buzinão está marcado para as 17h00, na Rotunda de Alfena.
