O sub-director geral da Educação esteve em Paredes, no Campo do Aqueduto, em Vila Cova de Carros, esta quarta-feira. Pedro Cunha veio “aprender” com o exemplo do concelho onde grande parte dos alunos pratica golfe com bons resultados.
“Este Centro de Formação Desportiva no âmbito do desporto escolar é único e ímpar a nível nacional. É um campeão pelo volume de alunos que atrai para esta modalidade, mas também pela qualidade, que é medida pelos resultados desportivos obtidos”, disse o sub-director geral da Educação. “Intriguei-me quando vi os números desta parceria entre a escola, a autarquia e o clube e fiquei impressionado com a capacidade que têm de levar todas as crianças deste concelho a praticar golfe. Vou querer disseminar esta experiência admirável”, acrescentou.
O projecto é implementado pelo Agrupamento de Escolas de Paredes, permitindo que os alunos das escolas públicas possam ter acesso à modalidade a custo zero, fruto da parceria com o Paredes Golfe Clube. O objectivo é promover a auto-confiança, os valores associados à prática desportiva e a interacção social junto dos mais jovens.
Segundo Olinda Pinto, directora do Agrupamento de Escolas de Paredes, este é o terceiro ano do projecto, que começou com actividades ligadas ao mar e foi depois alargado ao atletismo, à natação e ao golfe. “Mais de mil alunos frequentam o centro de formação desportiva mensalmente e o golfe faz parte do currículo da Educação Física”, explica a docente. A participação é aberta a todos os alunos do 3.º ano do primeiro ciclo até ao 9.º ano de todas as escolas do concelho.
“O golfe aumenta os níveis de concentração e atenção e faz despertar o interesse pela escola e pelas actividades da escola”, garante a directora.
Essa é também a visão de Pedro Cunha. O sub-director geral da Educação acredita que os desafios do ensino deste século são diferentes e passam por criar factores de atracção para os conteúdos curriculares junto dos alunos. “Cada vez mais os alunos têm muitas oportunidades para aprender e aprendem em todo o lado. Já não aprendem só dentro da sala de aula”, sustenta.
Por isso, deixou o desafio de aproveitar as potencialidades do campo de golfe e do centro de interpretação aí existentes para oferecer aprendizagens diferentes aos alunos. “No golfe, com uma tacada, aprende-se sobre alavancas, ângulos, aceleração, pesos, distâncias, o ecossistema em que estamos… É uma verdadeira aula viva”, acredita. Os professores devem ser mais “inventivos nas formas de motivar os alunos para aprender”, tornando as aulas “menos aborrecidas”, defendeu.
Olinda Pinto concorda. “Temos que ligar mais a modalidade ao currículo”, disse.