A Câmara de Valongo aprovou ontem, em reunião do executivo, a redução das taxas de IMI, assim como da derrama e IRS, mas a medida esbarrou nos eleitos do PSD que votaram contra.
Instado pelo Verdadeiro Olhar a justificar esta postura, o partido alega que os gastos “avultados” em obras como sejam “a Casa da Democracia ou a Oficina do Brinquedo”, entre outras, provam que o trabalho da edilidade vai no sentido de “recorrentes aumentos de despesa, por via de trabalhos a mais, em detrimento do apoio às famílias e às empresas”.
Para o partido, “mais do que nunca”, a população precisa de “medidas que possam mitigar as dificuldades económicas derivadas da complexa situação que se vive actualmente, com níveis de inflação e subida da taxa de juros insuportáveis”.
Por isso, os deputados esperavam “que o executivo municipal fosse sensível” a esta conjuntura e desse “um sinal de solidariedade para com os munícipes e as empresas, reduzindo de forma clara a carga fiscal que sobre eles impende”.
E acrescentam, “Valongo continua a ser um dos municípios da Área Metropolitana do Porto com a taxa de IMI mais alta, mesmo com a insignificante redução para 0,37 proposta para 2023”.
O PSD fez questão de exemplificou que, e no que diz respeito ao IMI, “numa fracção urbana de valor tributável médio, a redução é de cerca de oito euros anuais, o que diz bem do alcance da proposta do executivo”.
Só com a realização de “trabalhos extras de arborização da Praça da Casa da Democracia”, o município vai despender “mais de 300 mil euros”, concluiu o partido.