O secretário-geral do Partido Socialista esteve, esta quarta-feira, em Paredes. António Costa foi recebido na estação por dezenas de militantes com vivas ao PS.
Em clima de pré-campanha o actual primeiro-ministro e recandidato, que viajou de comboio entre o Marco de Canaveses e Paredes, com uma paragem em Caíde de Rei, Lousada, reafirmou que a ferrovia deve ser uma prioridade. Disse ainda que a Linha do Vale do Sousa, que iria ligar Felgueiras a Valongo, reivindicada pelos autarcas locais, não está esquecida.
“Há novos projectos que estão a ser estudados, como por exemplo a possibilidade de desenvolvimento de uma linha ferroviária no Vale do Sousa. Projectos que exigem estudo, ponderação e análise económica, porque temos de levar, cada vez mais, o transporte público às pessoas para que cada vez um maior número de pessoas possa utilizar o transporte público”, sustentou, ladeado por presidentes da Câmara da região, como Humberto Brito, presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Pedro Machado, presidente da Câmara de Lousada, Alexandre Almeida, presidente da Câmara de Paredes, e José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo. Estes autarcas já tinham reunido este ano com o primeiro-ministro para reivindicar a obra. O estudo desta linha está previsto no Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030.
Recorde-se que a Linha do Vale do Sousa ligaria Valongo a Felgueiras, passando por Paredes, Paços de Ferreira e Lousada, num percurso de cerca de 36 quilómetros e num investimento de aproximadamente 300 milhões de euros. Os autarcas destes concelhos acreditam que traria “coesão social” ao território.
Antes, António Costa afirmou que “tem de ser uma prioridade do país continuar a investir na ferrovia e no transporte público”. “Só assim podemos alcançar a meta de em 2030 termos uma redução de 40% nas emissões de CO2 a partir do sector dos transportes”, alegou.
Combater as alterações climáticas implica uma mudança de paradigma na mobilidade do país, afirmou o secretário-geral do PS, “já que o sector dos transportes é responsável por 25% das emissões de gases com efeitos de estufa”.
“Ao longo desta legislatura quadruplicamos o investimento em transportes públicos desde logo no grande investimento na ferrovia, nas ligações aos corredores internacionais, como o corredor Sul, que vai ligar Sines à fronteira, o corredor Norte, que liga Aveiro à fronteira, a linha do Minho, que já esta electrificada até Viana do Castelo, mas também nos transportes urbanos. Temos vindo a fazer um investimento na qualidade da rede. Na linha do Douro com a electrificação feita até ao Marco de Canaveses. No final do ano avançaremos com a electrificação do Marco até à Régua e está previsto no Plano Nacional de Infra-estruturas que haja electrificação até ao Pocinho”, recordou António Costa. O socialista lembrou ainda que foram lançados vários concursos para a renovação de material e está aberto um concurso para a aquisição de 22 novas composições.
Depois houve ainda “uma medida essencial para a promoção do transporte público e melhoria do rendimento das famílias” que foi uma política integrada que aposta na melhoria da oferta através da rede, de novas composições e melhor acessibilidade através da redução significativa nos custos do transporte.
“A política de redução dos passes é fundamental manter. Espero que os que foram contra esta medida garantam aos portugueses que não vão no futuro alterar esta redução que é fundamental para a melhoria dos rendimentos da família”, defendeu.