Foto: Ordem dos Farmacêuticos (DR)

A equipa de farmacêuticos, incluindo a direção técnica, da Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa, em Penafiel, apresentou hoje escusa de responsabilidade justificando que não estão reunidas “as condições necessárias para garantir a segurança dos cuidados” prestados aos utentes.

Segundo a Ordem que representa estes trabalhadores, são 13 os farmacêuticos em funções que enviaram uma carta ao Conselho de Administração e à própria ordem profissional, onde apresentaram declarações de escusa de responsabilidade pelo “desinvestimento crónico” que se tem verificado na esfera de atividade da farmácia hospitalar ao longo dos últimos anos” e que, neste caso, se traduz no facto de “não estarem reunidas as condições necessárias” de trabalho.

Os farmacêuticos denunciam o “desinvestimento crónico” que se tem verificado na atividade da farmácia hospitalar, ao longo dos últimos anos, e sublinham a “insuficiência de recursos humanos e materiais”.

Segundo a mesma nota da Ordem, esta “é uma realidade de há já muito tempo” e que está próxima do limite de segurança, ou seja, faz com que a execução do ato farmacêutico também esteja “comprometida”. A situação agravou-se também devido ao aumento da atividade assistencial, fruto da criação de novas especialidades médicas, citando os casos de oncologia e de hematologia, e da transformação do hospital em unidade local de saúde.

Neste contexto, os profissionais sublinham que “o volume de trabalho que daí adveio, para a adaptação e o aprovisionamento das unidades de cuidados de saúde primários, bastantes dispersas geograficamente” fez com que a situação tenha passado de “crítica a insustentável”.

A Ordem dos Farmacêuticos diz já ter solicitado “uma reunião, com caráter de urgência,” ao conselho de administração daquela unidade.

A entrega destas declarações da equipa da ULS do Tâmega e Sousa eleva para 233 o número de farmacêuticos que já apresentou escusas aos respetivos conselhos de administração.

Ao todo, abrangem 18 unidades de saúde, 17 do Serviço Nacional de Saúde e uma do Serviço Regional de Saúde dos Açores, especifica a Ordem.

Fonte ligada à ULS do Tâmega e Sousa avançou ao VERDADEIRO OLHAR que tem estas necessidades “perfeitamente identificadas” e que, neste caso, são cinco profissionais, sendo que a situação já foi “comunicada ao Governo”.

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