Eugénia Coelho, organizadora do evento, realçou que a Érica Beatriz Sousa é uma menina com oito anos, que reside nas Termas de S. Vicente, em Penafiel, que sofre de uma doença rara, está a promover com a família uma acção solidária, que conta com apoio de um grupo de Facebook.
A iniciativa está agendada para o dia 6 de Dezembro e vai decorrer no Clube de Convívio e Cultura, ao lado da Igreja do Calvário.
O objectivo passa por angariar verbas para a menor que sofre do síndrome do “miado do gato”, também conhecida como “síndrome do cinco p menos” ou “síndrome cri-du-chat”, e necessita meios de tratamento ou controle dos sintomas.
A actividade “Natal Solidário” consiste numa aula de zumba, tem o custo de três euros, com o valor da inscrição a reverter na totalidade para esta causa e conta já com nomes como Nelson Costa, instrutor de zumba fitness, Carla Santos, Diogo Beato, dançarino de danças de salão latinas (competição 2015 até 2017), instrutor de combo dance desde 2018 e professor de dança Ballet, Jazz & Contemporâneo, assim como a presença de Davide Luís, personal trainer.
Ao Verdadeiro Olhar, Eugénia Coelho esclareceu que o síndrome da Érica está associado a uma condição genética que resulta de uma alteração cromossómica, pelo que a Érica necessita de tratamentos para melhorar as suas capacidades.
De acordo com a Eugénia Coelho, as pessoas com este tipo de doença desenvolvem formatos faciais peculiares, “têm olhos bem separados (hipertelorismo), orelhas baixas, mandíbula pequena e face arredondada”.
“Algumas crianças com a síndrome cri-du-chat nascem com defeitos cardíacos. A síndrome é rara e tem esse nome porque os bebés afectados às vezes têm um choro agudo, parecido com o miado de um gato”, disse, sustentando que não existem tratamentos específicos, apenas meios de tratamento ou controlo dos sintomas.
Referindo-se à actividade de dia 6 de Dezembro, Eugénia Coelho reconheceu que os pais da Érica não dispõem de meios financeiros para fazer face às despesas das terapias.
“Têm tentado suportar, mas a Érica tem um abono de 204 euros, o pai recebe uma reforma de 304 euros por invalidez de problemas cardíacos. A mãe recebia 100 euros e deixou de receber a partir do momento que o filho mais velho começou a trabalhar”, explicou, acrescentando que a Érica frequenta uma escola que não está preparada para ela.
“Frequenta terapia de cavalos, 20 euros por 30 minutos, terapia da fala e terapia ocupacional, tudo por 250 euros por mês”, revelou, sublinhando que a menina recebe mensalmente apoio da Câmara Municipal de Penafiel em fraldas, alimentação, pagamento de gás e luz e frequenta as piscinas municipais.
Eugénia Coelho esclareceu, ainda, que recentemente foi organizada uma caminhada solidária para angariar fundos para a Érica.