A Coligação Democrática Unitária (CDU) diz-se preocupada com o estado da saúde no município de Valongo, até porque “existem cerca de 1700 utentes sem médico da família, sendo que 1300 pertencem ao Centro de Saúde de Campo”. Os números foram avançados na última Assembleia Municipal, pelo deputado Adelino Soares. Numa altura de transferência de competências do Estado para o município, o partido defende que esta matéria deixará de ser para a Câmara Municipal apenas numa “preocupação” para se tornar numa “obrigação de proporcionar condições dignas a todos” os que utilizam aqueles serviços”.
Adelino Soares alertou ainda para o funcionamento do SASU, o Serviço de Atendimento a Situações Urgentes, que, ao fim-de-semana, se faz entre as 9h00 e as 21h00″, sendo que são atendidos “140 pacientes por dia”. Mas para o deputado este horário é insuficiente, porque faz com que os doentes sejam “empurrados” e entupam “a urgência”.
Há ainda uma outra situação que o comunista apelidou de “desumana” e que tem a ver com as consultas abertas no Centro de Saúde de Campo que “não podem ser agendadas” para os dois períodos do dia. Quer isto dizer que, se o utente não conseguir vaga para durante a manhã, tem que permanecer na unidade até ao início da tarde para voltar a tentar ser atendido.
Os tempos de espera “superiores a um mês”, para as consultas que não são de carácter regular, levam a CDU a sublinhar que a Câmara Municipal se deve insurgir e fazer-se ouvir nestas matérias pelo bem estar e “melhoria dos cuidados de saúde dos valonguenses”.