Lagares, Penafiel, recebeu na sexta-feira, a prova de arranque do World Enduro Super Series (WESS), com cerca de 10 mil espectadores. Seguiu para o Porto, no sábado e domingo, para o prólogo.
“Houve uma diferença muito grande em relação ao ano passado. Foi um grande avanço na organização, foi a melhor edição de sempre em Lagares”, refere Paulo Moreira, director de prova da Extreme XL Lagares.
O número de visitantes “quase duplicou”, acrescenta, apontando cerca de 10 mil pessoas na sexta-feira e à volta de 30 mil no Porto. “Havia muitas pessoas em locais inimagináveis, de difícil acesso, com o grelhador montado”, continua, explicando que muitos estrangeiros assistiram ao evento, “principalmente espanhóis”.
Na edição anterior, o número de pilotos em prova estava limitado aos 200 e, este ano, a prova contou com 321 pilotos de 26 países.
Piloto espanhol Mário Roman (Sherco) venceu prova
A corrida arrancou na aldeia histórica de Quintandona para a prova de EnduroCross com uma pista repleta de várias dificuldades e obstáculos. No segundo dia, sábado, a Ribeira do Porto acolheu o Prólogo, sessão que definiu a grelha de partida para o terceiro e último dia da corrida.
O piloto espanhol Mário Roman (Scherco) demorou 4:01.43,21 horas a completar as duas voltas ao percurso e o segundo classificado, o sul-africano Wade Young (Sherco) ficou a 4.15,83 minutos. O alemão Manuel Lettenbichler (KTM) ficou em terceiro lugar, a 5m26,47s de Roman.
Os pilotos portugueses no top 20 foram Diogo Vieira, em 11º, e Ni Esteves, em 20º.
O evento segue agora para mais sete etapas, em França (17-19 Maio), Áustria (30 maio a 2 Junho), Itália (data a anunciar), Roménia (30 Julho a 4 Agosto), Reino Unido (21-22 Setembro), Espanha (5-6 Outubro) e Alemanha (2-3 Novembro).
Prova nasceu com uma corrida solidária
Esta foi a segunda edição em que a prova entrou no campeonato do mundo World Enduro Super Series (WESS). No ano passado, foi a estreia desta modalidade neste campeonato.
No entanto, a prova em Lagares já completa 15 anos. Começou numa altura em que Paulo Moreira, também corredor de Enduro, tinha partido os braços e começado a andar a pé e quando resolveu realizar uma corrida que revertesse a favor de um piloto que tinha ficado paraplégico. “A partir daí, foi aumentando, chegando ao que chegou hoje, sendo hoje em dia uma das melhores corridas do mundo”, explica.
O director de prova explica ainda ao Verdadeiro Olhar que a prova cresceu até Paredes em 2013 e que, em 2014, é que se estendeu para o Porto.