As exportações de bens do Norte cresceram 42,7% no 2.º trimestre de 2021 em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. “No entanto, este forte crescimento resultou, sobretudo, de um efeito base associado à queda significativa que tinha sido observada no 2.º trimestre de 2020 durante o pico da crise pandémica”, salienta o Relatório Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Mesmo levando isso em conta, o Tâmega e Sousa cresceu, neste período, mais de 44% em termos de exportações, acima da média da Região Norte. Está, ainda assim, com um nível de exportações abaixo do que acontecia antes da pandemia.
“As exportações de bens aumentaram, acentuadamente, em todas as sub-regiões do Norte no 2.º trimestre de 2021 em relação ao mesmo trimestre do ano transacto. Os aumentos mais significativos, em termos homólogos, foram observados nas sub-regiões do Alto Minho (+70,4%), Ave (+67,6%), Alto Tâmega (+67,6%), Terras de Trás-os-Montes (+66,8%) e Tâmega e Sousa (+44,3%), em todos os casos com crescimentos superiores ao da média do Norte (+42,7%)”, relata o documento. “Abaixo deste limiar regional, mais ainda assim com crescimentos homólogos acentuados no 2.º trimestre de 2021, encontravam-se as sub-regiões do Cávado (+34,7%), Área Metropolitana do Porto (+32,7%) e Douro (+10,1%)”, lê-se ainda no relatório, que destaca que “os elevados crescimentos homólogos no 2.º trimestre de 2021 resultaram, sobretudo, de um efeito base associado à diminuição muito significativa das exportações de bens no 2.º trimestre de 2020”.
Ainda assim, e face aos apoios dados à economia, “na maioria das sub-regiões, o valor exportado no 2.º trimestre de 2021 já era ligeiramente superior ao do período pré-pandemia (2.º trimestre de 2019)”. “Encontravam-se nesta situação as sub-regiões do Cávado, Ave, Área Metropolitana do Porto, Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes. Apenas, as exportações das sub-regiões do Alto Minho e do Tâmega e Sousa encontravam-se num patamar, ligeiramente, inferior ao da pré-pandemia”, descreve a mesma fonte.
O documento destaca que o concelho de Felgueiras, no Tâmega e Sousa, foi o que mais viu as exportações de bens aumentar (em termos homólogos), passando a 53,2% no 2.º trimestre de 2021. Já Paços de Ferreira assistiu a um crescimento das exportações de 40,2% e em Penafiel o aumento situou-se em 18,3%.
Na Área Metropolitana do Porto, as exportações de bens aumentaram em 50,5% na Maia, 25,8% em Vila Nova de Gaia e 22,3% em Santa Maria da Feira. Em Paredes, mostra a tabela que enquadra os 20 concelhos mais exportadores do Norte, o aumento foi de 54,4%.
Voltando à Região Norte, e comparando com o trimestre homólogo de 2019, um período anterior à pandemia e com os mercados internacionais em pleno funcionamento, as exportações de bens cresceram 1,1% no 2.º trimestre de 2021. “Esta evolução positiva indicia a retoma da normalidade no comércio internacional, confirmando a trajectória de recuperação da economia do Norte, revelando desta forma uma elevada resiliência perante o contexto extremamente recessivo do ano de 2020”, sustenta a CCDR-N.