Os seis ex-funcionários da Parque Ve, empresa que era concessionária do estacionamento pago à superfície em Valongo e Ermesinde, que o Tribunal Judicial do Porto quer obrigar a Câmara de Valongo a integrar, na sequência do resgate da concessão, acusam o município de não estar a cumprir a lei por não aceitar a integração.
Segundo o jornal O Minho, que cita a Lusa, os funcionários apresentaram-se na Câmara, no passado dia 13, depois de, no seguimento de uma providência cautelar, o tribunal lhes ter dado razão, ao considerar o despedimento ilícito, mas “foram surpreendidos com a recusa do município em acatar a decisão judicial”.
Os ex-trabalhadores da Parque Ve dizem-se em “situação desesperada” já que não recebem vencimento desde o final de Agosto quando se concretizou o resgate.
Apesar da decisão do tribunal, a Câmara de Valongo diz que vai recorrer. A autarquia garante que não é “obrigada a receber a prestação de trabalho dos trabalhadores da Parque Ve”. Aponta ainda que “os trabalhadores em causa nem sequer estão equiparados a agentes de autoridade administrativa” para poderem exercer a fiscalização que o município assumiu com o final da concessão. Os seis funcionários dizem que isso não é desculpa.