Foi aprovada, com os votos da maioria socialista e a abstenção do PSD, do CDS-PP e da coligação Juntos por Paredes, a Estratégia Local de Habitação de Paredes 2022.
A oposição considerou que o documento fica “aquém das necessidades do concelho”, é “pobre”, tem “falhas” e é pouco “ambiciosa”.
“A Estratégia Local de Habitação tem como objectivo assegurar que todos os agregados familiares do concelho sejam providos de habitação digna até 2026, quer através da reabilitação urbana, quer através de nova construção de iniciativa municipal e privada”, sendo um documento importante, asseverou Cecília Mendes, pelo Juntos por Paredes. Mas, o documento fica “muito aquém das reais necessidades do concelho”, afirmou a eleita, que pediu a retirada do ponto da agenda e que a Câmara aperfeiçoasse o documento.
Também David Ferreira, do PSD, apelou a que a Estratégia fosse revista. “Este documento, sendo estratégico, parece-nos pobre e desconexo, sem uma linha de orientação clara e com falhas na identificação das realidades. Dificilmente em Rebordosa existirá apenas uma família carenciada a precisar de habitação social, antes assim fosse”, descreveu.
Apesar de o CDS-PP se mostrar satisfeito por ver a Estratégia com horizontes mais abertos e menos focada numa comunidade específica, Jorge Ribeiro da Silva sinalizou que iriam abster-se: “Não estamos contra, mas abstemo-nos porque a proposta não é suficientemente ambiciosa”.
Na defesa do executivo, Rui Silva, pelo PS, subiu ao púlpito para frisar que “este não é um documento fechado”, mas antes “um documento estratégico e previsional das necessidades do concelho”. “Tem vindo a ser aperfeiçoado até chegar a uma versão final, atingindo um maior número de famílias”, garantiu.
Já o presidente da Câmara Municipal, Alexandre Almeida, lembrou que se trata da terceira actualização do documento que é “fundamental para as candidaturas” apresentadas nesta área. “Não interessa aprovar mais famílias se o efeito prático não é nenhum, temos de as identificar em função das candidaturas e investimentos que vamos fazer”, defendeu.