Chamar a Polícia. É esse o conselho que José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo, deixa à população se encontrar funcionários da Parque VE, empresa à qual está a resgatar o estacionamento pago à superfície nas cidades de Valongo e Ermesinde, a emitir avisos por falta de pagamento nos parquímetros.
Na reunião de executivo desta quinta-feira, o autarca voltou a acusar a concessionária de “usurpar funções” depois de ter sido proibida pelo município de fazer essa verificação no estacionamento.
Miguel Teixeira, vereador eleito pelo PSD, levantou o tema no período antes da ordem do dia e lembrou um processo “confuso” de resgate que já começou em Janeiro. “Eu continuo a ver os funcionários da Parque VE a passar multas. Eu próprio já apanhei algumas multas e aproveito para questionar: o que faço a essas multas? Devo-as pagar? Devo-as guardar? Devo-as descartar? Acabo por ficar sem saber o que faço”, afirmou, perguntando qual o ponto de situação do resgate e afirmando que “não é normal a empresa que tinha a concessão continuar a trabalhar”.
“Eu concordo consigo, não é normal o comportamento da empresa”, sustentou José Manuel Ribeiro.
“O que estão a fazer neste momento não tem validade nenhuma”
“Nós tomamos uma decisão legítima, que foi votada por unanimidade na Câmara e na Assembleia Municipal, de resgatar estas concessões e de a Câmara assumir essa responsabilidade”, lembrou o presidente da autarquia, comentando que levar o caso para tribunal seria uma reacção normal por parte da empresa, defendendo-se com a lei, mas não o que está a fazer. “Não é normal a empresa estar a cometer um crime, estar a usurpar funções e manter-se na rua quando está proibida de fazer a verificação do pagamento nos locais com parquímetro”, assumiu.
“O que estão a fazer neste momento não tem validade nenhuma. Além de ser crime, vai ter consequências, porque a câmara também não está parada e vai actuar junto da justiça”, garantiu o edil valonguense, lembrando que o município já alertou a PSP que questionou o Ministério Público sobre como actuar.
“Quando a pessoa estaciona o carro num estacionamento num local de estacionamento pago tem que meter moeda, isso não alterou. Mas quem tem poder para fiscalizar é a câmara municipal. Se esses senhores aparecerem é chamar a Polícia. Estão com imensos processos já”, afiançou José Manuel Ribeiro, reforçando que os avisos de pagamento colocados não têm validade legal.
Daqui a seis meses, lembrou, terminado o processo de resgate, caberá à câmara a gestão dos parquímetros. Aí, o município vai baixar o valor cobrado e criar um cartão para comerciantes.
Processo começou em Janeiro e já há uma providência cautelar em curso
Recorde-se que este processo começou em Janeiro, quando a Câmara de Valongo anunciou a intenção de resgatar as duas concessões. Em causa estavam a “caça à multa” e a falta de equiparação dos funcionários da empresa a agentes da autoridade administrativa, o que os impedia de fiscalizar os talões de pagamento, explicava o município que proibiu então a empresa de continuar a fazer essa verificação. Mas os funcionários da Parque VE continuaram na rua e a Câmara chegou a participar o caso à PSP por “prática dos crimes de usurpação de funções e de desobediência por parte da concessionária”.
Decorridos os prazos de pronúncia da empresa, o tema voltou a reunião de câmara com o executivo a reafirmar a vontade de resgatar as concessões. Seguiu-se a Assembleia Municipal que teve o mesmo entendimento, apesar de a concessionária ter interposto uma providência cautelar para tentar travar a votação do ponto. Foi ainda aprovada a suspensão de um artigo do Regulamento Municipal de Trânsito e Estacionamento de Duração Limitada para impedir a Parque VE de fiscalizar.
O presidente da Câmara acredita que serão os tribunais a decidir o caso, mas defende que não caberá à autarquia nenhuma indemnização.
FORÇA!
Vamos correr com essa corja!
Mas atenção, meu caro Presidente Dr. José Manuel Ribeiro, não basta escorraçar os “fiscais da “VE”.
É necessário CORRIGIR o que está mal no concernente aos locais onde foram “plantados” pala CM Valongo os famigerados parquímetros!
As ruas secundárias não poderão continuar com esses malditos parquímetros!
Que os deixem na Avenida 5 de Outubro e pouco mais!
O caso mais flagrante e até nojento são as maquinetas anti liberdade de movimento dos cidadãos em artérias como a Rua de Portugal, o pequeno parque atrás do CC Vallis Longus e a rua/avenida que vai do centro até ao Tribunal, mesmo a lado da Preparatória!
É boa ideia criar um cartão de estacionamento para os comerciantes.
Mas… eles não sobrevivem sem os CLIENTES!
Se não existir estacionamento GRATUITO nas redondezas, o problema vai manter-se!
O comércio local continuará a definhar, a cidade de Valongo atrelada à carruagem do Esquecimento, os prédios devolutos a amontoar-se… e milhares como eu continuarão a não frequentar os estabelecimentos da cidade!
TOMEM DECISÕES ACERTADAS!
Comments are closed.