“Mais que um direito, a leitura é sobretudo um prazer, apenas igualado pelo prazer da escrita”. É esta a frase do escritor cabo-verdiano Germano Almeida que fica imortalizada nas ruas da cidade de Penafiel. Ao lado, em frente ao edifício do tribunal, fica ainda a escultura/silhueta em sua homenagem. Foram ambas inauguradas hoje.
Mesmo debaixo de chuva, algo precioso em Cabo Verde, o escritor disse-se “muito contente”. “A imagem está muito bonita e a frase também”, garantiu.
“Têm sido momentos muito intensos e muito agradáveis. Estas coisas interessam mais para conhecer pessoas – não conhecia Penafiel – e tenho conhecido muita gente. Gente muito amável, muito interessante, muito fácil de estar. É isso que me tem encantado mais”, descreveu Germano Almeida sobre a homenagem que lhe é prestada, até domingo, no Festival Escritaria. “O essencial para mim é o contacto com as pessoas”, e não tanto a homenagem, reforçou. O autor cabo-verdiano afirmou ainda que, apesar do frio, tem sentido “o calor das pessoas” de Penafiel.
“Procuramos que a silhueta e a frase deixadas na cidade estejam um pouco por toda a cidade. Esta Rua do Cavalum é um local nobre”, explicou o presidente da Câmara Municipal, sobre a localização da frase e silhueta descerradas. Deixou ainda a garantia de que não faltam “belíssimos recantos” em Penafiel, uma cidade em crescimento, para receber mais peças de homenagem como estas. “Ao longo do ano recebemos muitos visitantes que pedem para conhecer o roteiro do Escritaria, querem saber onde estão a silhueta e as frases”, levando memórias de Penafiel, destacou ainda.
Sobre a edição deste ano do festival, Antonino de Sousa referiu que “depois de tempos negros de confinamento e pandemia ter o Escritaria nas ruas é uma alegria acrescida”. “O homenageado deste ano, e toda a cultura cabo-verdiana, é de alegria, música e convívio. A edição deste ano está a ser extraordinária”, sustentou o autarca penafidelense.
