A Escola Secundária de Paços de Ferreira está a celebrar o seu 42.º aniversário. Para assinalar a data, foi promovida uma semana aberta, que terminou na passada sexta-feira com uma sessão solene na qual esteve presente a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, e também, o director da escola, José Valentim Sousa.
Escola Secundária de Paços de Ferreira tem 1.672 alunos
A sessão começou com uma actuação musical por parte dos alunos da escola, depois disso José Valentim Sousa, presidente da instituição, tomou a palavra para lembrar que a Escola Secundária de Paços de Ferreira tem vindo a ser distinguida por várias razões. No ano passado, foi a escola pública que obteve melhores resultados nos exames nacionais na região do Vale do Sousa e também tem vindo a promover iniciativas com o estabelecimento prisional.
A instituição conta agora com 1.672 alunos distribuídos pelo ensino básico e secundário, cursos profissionais e pela instituição prisional. Para esses alunos, estão disponíveis 182 professores.
Apesar dos elogios, “nem tudo é um mar de rosas”, disse o director, aproveitando a hipótese para apresentar dois problemas que considera importante resolver. Começou por defender que o orçamento disponibilizado por parte do Estado é demasiado baixo e que tem vindo a reduzir de ano para ano e depois chamou a atenção para o número de auxiliares da escola, alegando ser insuficiente para a quantidade de alunos.
O director falou de um orçamento de cerca de 93 mil euros referente ao ano passado e alertou para o decréscimo do mesmo com o passar dos anos. A direcção da escola tem vindo a fazer um esforço, mas salienta ser insuficiente.
Humberto Brito vê a escola como “uma fonte de igualdade e preparação para o futuro”
Depois do director, foi o presidente Humberto Brito que falou sobre um “percurso de mudança” desde que a escola abriu até hoje. De acordo com o autarca, “as famílias têm vindo a tomar consciência da importância da educação dos filhos”.
Humberto Brito encara a escola como “uma grande fonte de igualdade entre os jovens e como uma preparação crucial para o futuro”. Daí, a autarquia achar importante disponibilizar os livros até ao 12.º ano, como forma de “incentivo”.
No fim do discurso, também o presidente pediu ajuda à secretária de Estado, referindo-se às más condições que as EB2,3 do concelho têm vindo a apresentar, pedindo a intervenção urgente por parte do Governo.
SecretÁria de Estado parabenizou a escola e falou sobre a necessidade de requalificação das eb2,3
Depois de ouvir os discursos, Alexandra Leitão fez questão de parabenizar a escola e o município pelo trabalho desenvolvido até ao momento: “É notável o esforço que a autarquia tem feito em relação aos manuais escolares”. Salientou, também, que está consciente sobre a situação em que as EB2,3 se encontram e disse estar a ser traçado um plano para resolver o problema.
Alexandra Leitão decidiu também voltar atrás no tempo para explicar a situação em que as EB2,3 se encontram, já que, de acordo com a secretária de Estado, foram construídas quando se deu a “democratização do ensino”, na década de 70/80. Até hoje, já foram requalificados alguns estabelecimentos, como é o caso da Escola Secundária de Paços de Ferreira, mas “são processos que levam tempo” e há-de chegar o tempo dos outros edifícios.
O discurso da governante não terminou sem distinguir a instituição como sendo “um símbolo do que hoje é o ensino em Portugal”, admirando o trabalho feito por toda a entidade escolar.
O grupo de teatro da escola que tem vindo a destacar-se, quer na instituição quer fora dela, e que fez uma deslocação ao estabelecimento prisional na semana aberta, tomou conta do “palco” para falar de amor com bastante humor à mistura.