Os alunos do Agrupamento de Escolas de Frazão, em Paços de Ferreira, do primeiro ciclo até ao nono ano, têm vindo a aprender programação e robótica, no âmbito de um projecto inserido no programa Erasmus +. Até sexta-feira, a escola de Frazão acolhe estudantes e professores das escolas parceiras de Espanha, Reino Unido e Finlândia.
Esta iniciativa, inserida nas actividades de enriquecimento escolar, faz parte de um dos cinco projectos Erasmus + sobre programação, em que em participa o agrupamento, e implica a mobilidade de alunos e docentes. Já começou em Setembro de 2017 e os estudantes pacenses já viajaram até aos outros países, mas, a novidade deste ano lectivo foi a expansão da actividade aos alunos de sétimo ano e em 2019/2020 vai chegar ao oitavo ano.
“A participação neste projecto deu para perceber que a programação e a robótica é uma realidade imensa de escolas por essa Europa fora. É uma corrente mundial e uma aposta desde tenra idade. E, como consequência de descobrirmos isso, a robótica passou a fazer parte também do quotidiano da nossa escola”, explica Joaquim Magalhães, director do Agrupamento de Escolas de Frazão.
“Young Masters of Games” (Jovens Mestres de Jogos) é o nome da iniciativa, coordenada pelo departamento de Ciências de Computação da The London Nautical School (Escola Náutica de Londres), que está a levar aos alunos de terceiro e quarto ano a ter algumas noções básicas de início à programação, percebendo que “aquilo que vão programando, se reflecte em movimentos que eles introduzem nos robôs”. No caso do sétimo ano e depois oitavo, o ensino desta área já decorre em plataformas específicas e envolve a utilização de placas de microbits, sendo que os robôs também estão ainda a ser introduzidos na aprendizagem.
Joaquim Magalhães explica que a receptividade tem sido “muito boa” e que pretendem “contribuir para alargar horizontes dos alunos e prepará-los da melhor maneira possível para enfrentarem um futuro que também se afigura desconhecido”. “A robótica vem associada à programação, que por si é uma linguagem que está cada vez mais por dentro do nosso quotidiano e, certamente, em muitas das profissões de futuro, algumas que ainda não existem”, continua, dando o exemplo, da “internet das coisas” e dos “carros autómatos”.