Enquanto prossegue a análise, na Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL), do processo de pedido de declaração de utilidade pública com carácter de urgência do Estádio de Sonhos, com vista à sua expropriação, continua também o processo judicial no Tribunal Cível do Porto de reivindicação de propriedade. O clube entregou a contestação na passada semana.

Foi no último dia do prazo que o advogado do Ermesinde Sport Clube 1936 entregou no Tribunal Cível do Porto a contestação à acção interposta, em Setembro do ano passado, pela Imosá, proprietária do equipamento, reivindicando a propriedade do espaço que tem sido a casa do Ermesinde Sport Clube 1936. O prazo da contestação só agora terminou uma vez que o clube pediu apoio jurídico e a nomeação de um advogado. O VERDADEIRO OLHAR sabe que na base da contestação entregue o ESC 1936 argumenta que não deve ser parte do processo, uma vez que será o antigo clube que mantém a posse do estádio, e que é a Câmara Municipal de Valongo que faz a manutenção do relvado e a marcação do campo para os jogos oficiais que ali decorrem. O nosso jornal sabe ainda que foram arrolados como testemunhas o anterior presidente da autarquia, João Paulo Baltazar, e o actual presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro.

Entretanto, prossegue o processo de expropriação do Estádio de Jogos de Sonhos, tendo a Câmara Municipal aprovado por unanimidade, na última reunião, um aditamento à resolução de expropriação do Estádio dos Sonhos, que resulta no acrescentar de informações solicitadas pela DGAL. De recordar que a Câmara Municipal de Valongo aprovou em Julho passado avançar com o processo de expropriação do Estádio de Sonhos, no sentido da municipalização do equipamento desportivo. A resolução de expropriação surgiu, segundo a autarquia, depois de esgotadas as negociações com o proprietário dos terrenos do Estádio de Sonhos.