A cultura e as acções imateriais tem vindo a ser, cada vez mais, uma aposta neste território, partindo do pressuposto que sem memória não há futuro.
Dentro dos projectos existentes há um, que em 2018 assinalou 20 anos de existência, que se vem afirmando como emblemático na preservação do património histórico-cultural da região do Tâmega e do Sousa: a Rota do Românico.
No ano passado houve ainda um novo marco na vida, ainda curta, deste projecto, a entrada em funcionamento do Centro de Interpretação do Românico. Trata-se de um edifício de raiz, construído, na Praça das Pocinhas, na vila de Lousada, que conta com seis salas temáticas (Território e Formação de Portugal; Sociedade Medieval; O Românico; Os Construtores; Simbolismo e Cor; Os Monumentos ao longo dos Tempos), muita interactividade e que pretende constituir-se como o cenário ideal para iniciar a viagem de descoberta dos elementos patrimoniais no território. O próprio edifício é inspirado na arquitectura românica e pretende transformar-se num ícone a visitar.
O investimento neste projecto da Valsousa – Associação de Municípios do Vale do Sousa foi avultado, cerca de 1,9 milhões de euros, co-financiado a 85% por fundos comunitários, mas quer potenciar ainda mais este produto turístico-cultural e o seu impacto no território.
Recorde-se que a Rota do Românico conta com 58 monumentos em 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega, tem atraído milhares de visitantes, muitos deles estrangeiros.
Centro Português de Nyckelharpa, Aires Montenegro
Aquele que é um dos poucos tocadores existentes no país, tem participado em várias iniciativas com o objectivo de disseminar e dar a conhecer a beleza da Nyckelharpa um instrumento ainda desconhecido no nosso país, mas que tem inúmeros seguidores e admiradores em países como Itália, Alemanha, França e outros.
Recentemente esteve com alguns dos maiores prodígios na arte de manusear a Nyckelharpa em Paredes, no primeiro Paredes Nyckelharpa Meeting, encontro que contou com nomes como Marco Ambrosini e Eva-Maria Rusche, entre outros.
Deste amor, em colaboração com a Câmara de Paredes e o Conservatório de Música de Paredes, deverá nascer, ainda este ano, mais um projecto cultural, o Centro Português da Nyckelharpa, que terá sede em Paredes. Com a constituição deste centro pretende-se divulgar instrumento e apostar na formação de novos talentos e realizar um encontro internacional anual. Além disso, é meta criar um ensemble e trazer para Portugal o terceiro pólo do European Nyckelharpa Training, o curso oficial do instrumento, agora apenas ministrado na Itália e na Alemanha.
Luís Diogo, realizador premiado
Também fruto da paixão de um só homem há uma longa-metragem que tem raízes na região que está a dar cartas pelo mundo fora.
Luís Diogo, professor de Frazão, Paços de Ferreira, começa a ser já uma referência no domínio do cinema. O seu mais recente trabalho, “Uma Vida Sublime”, que estreia este mês nos cinemas, já conquistou 34 prémios e venceu o Prémio Melhor Realizador nos “Diamond Film Awards”.
No total são já 34 as distinções alcançadas, 32 delas em festivais internacionais. A longa-metragem de Luís Diogo é já tida como “o filme nacional mais premiado de sempre”.
Esta longa-metragem já foi distinguida com prémios na Albânia, Austrália, Espanha, Equador, EUA, Índia, Itália, Rússia, São Tomé e Príncipe e Tailândia, para além de Portugal onde foi distinguido com mais dois prémios.
De destacar que tudo isto foi conseguido com um filme de baixo orçamento e quase sem apoios.
Recorde-se que Luís Diogo é natural de Castelo Branco mas vive em Frazão, onde é professor de Educação Visual. Foi autor dos argumentos originais das longas-metragens “A Bomba” (2002), de Leonel Vieira, e “Gelo” (2016), de Luís e Gonçalo Galvão Teles. “Pecado Fatal” (2012) foi a sua primeira longa-metragem e venceu 11 prémios em 36 festivais de 20 países.
Conheça os premiados das outras categorias:
Entidade Desportiva/Desportista do Ano