Um engenheiro civil de Penafiel terá registado a patente do capote e da samarra, no Instituto Português de Propriedade Industrial, e enviou cartas a comerciantes e artesãos alentejanos, que vendem estes artigos, a exigir “dividendos sobre as vendas”.
A notícia é avançada na edição de hoje do Correio da Manhã (CM) que falou com alguns dos artesãos contactados que, e após falarem com um advogado, foi-lhes comunicado que, e porque estamos a falar de “peças com séculos de existência”, “esta situação se pode facilmente impugnar”.
Uma das empresárias adiantou que a Câmara de Évora, assim como a Direcção-Regional da Cultura do Alentejo já estão a par da situação e que “também vão requerer a anulação” deste registo.
Ainda segundo o CM, o engenheiro terá chegado a “dar indicações de que estaria disponível para fazer acordos”, mas os comerciantes alentejanos consideram que “ele queria apenas receber uma parte dos nossos lucros, o que é inconcebível”.