A Spaceworkers é uma empresa que junta os arquitectos de Paredes Henrique Marques e Rui Dinis e que conseguiram a proeza de arrecadarem o prémio “Europe 40 under 40 Architecture & Design Award 2021 – 2022”, promovido pelo European Center for Architecture Art Design & Urban Studies and the Chicago Athenaeum : Museum of Architecture & Design.
Uma distinção atribuída aos melhores jovens arquitectos e designers da Europa, com menos de 40 anos.
Segundo os responsáveis pelo galardão, esta iniciativa visa distinguir “as figuras mais promissoras” e “emergentes” na arquitectura e design e os seus “projectos fora da caixa”. “Durante esses tempos desafiadores, é crucial manter vivas as visões perspicazes. Apresentar as personalidades mais esperançosas da Europa nas áreas da arquitectura e do design é o que nos dá esperança de um amanhã melhor”, revelou, na altura, a página do “Europe 40 under 40”.
E é esta visão desafiadora, mas também arrojada que tem levado esta dupla a afirmar-se e a conseguir hastear a bandeira do município e do país em áreas tão ‘provocadoras’ como a arquitectura e o design.
Mas recuemos um pouco no tempo: o atelier Spaceworkers foi fundado em 2007 e nasceu com Henrique Marques, Rui Dinis e Carla Duarte, eles arquitectos e ela directora financeira. A arte destes dois prodígios do traço baseia-se numa busca constante de novos paradigmas de arquitectura contemporânea, como revelam na sua página profissional. Até porque, os seus trabalhos pretendem a união entre a forma e as emoções, num contexto contemporâneo. E é precisamente o sentimento que contorna as obras destes dois paredenses, e que estão salpicadas um pouco por todo o país.
Diga-se que esta não é a única distinção desta dupla, que já tem no seu palmarés vários prémios e destaques nacionais e internacionais. Para além disso, saíram da Spaceworkers vários edifícios emblemáticos da região, um deles o Centro de Interpretação do Românico e a Praça do Românico, ambas em Lousada, ou o Bar Parque da Cidade, em Paredes.
Criadores daquilo que é diferente, não chocam o espaço tradicionalista onde os seus projectos estão inseridos, conseguindo respeitar um código estético.
Projectar e perceber um espaço, criando, é um exercício que requer uma disciplina que põe à prova todos os nossos sentidos. Estes dois arquitectos sabem respeitá-lo e têm contribuído para uma melhor consciência de tudo o que nos rodeia. Por isso, é justo sublinhar este trabalho.
Antarte, de Rebordosa, Paredes
É certo que as empresas são responsáveis por uma grande fatia da produção da riqueza de Portugal, o que lhes permite investir em mais inovação, assim como criar melhores condições para os seus trabalhadores. Mas, algumas delas, têm outras preocupações e assumem, não só uma estratégia comercial, mas também uma política social que tem vindo a ser posta em prática ao longo desta sua jornada de 22 anos no mercado.
A Antarte, uma empresa de mobiliário, com sede em Rebordosa, Paredes, é exemplo disso. Este ano que passou, e no âmbito desta política de responsabilidade social, associou-se à Feirinha de Natal Solidária, evento organizado, anualmente, pelo Voluntariado do Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que contou com a doação de bens e produtos por parte das empresas.
O certame permitiu adquirir produtos a preços acessíveis, “nomeadamente vestuário e calçado, têxteis-lar, brinquedos, artigos de decoração, mobiliário, antiguidades, entre outros”.
Neste contexto, a Antarte doou mais de 55 mil euros em produtos. Para além disso, também lançou uma iniciativa de sustentabilidade ambiental que visa oferecer 50 mil árvores autóctones até 2025 para plantar, numa acção designada de ‘Love Nature’.
Esta empresa de Rebordosa tem feito a diferença estendendo ainda o seu apoio, em outros anos, a famílias carenciadas ou crianças desfavorecidas.
Recorde-se que, em 2020, doou 100 camas ao município de Crato, para apoiar a vila alentejana a equipar o Centro de Acolhimento Municipal que ia ajudar no combate à pandemia Covid-19.
Numa outra acção, que arrancou em 2019, lançou o projecto de responsabilidade social ‘decorar para humanizar’, que visou ajudar a decorar algumas das salas do Centro Materno Infantil do Hospital de Santo António.
Se existissem mais empresas como a Antarte, este grande contributo social seria bem mais significativo e iria minimizar ou mesmo acabar com situações de fragilidade social.
Kukken, marca de café criada pelos irmãos Raquel e André Pinto de Lousada
As memórias e as recordações são um dos nossos melhores patrimónios. Que o digam Raquel e André Pinto que quiseram resgatar o ‘cheiro dos avós’ e criaram a marcar de café Kukken.
A sustentar esta empresa existe um legado e a história de vida de um homem de Lousada que foi distribuidor e comerciante de café, conseguindo, à semelhança dos seus netos, criar a sua própria marca, o Café Pintos.
Mudaram-se os tempos e agora, a Kukken Caffè, com a chancela dos netos do ‘Sr. José do Tractor’ deitaram mãos à obra, criando a marca que, e apesar de estar apenas há três anos no mercado, é considerada um sucesso, estando representada em mais de meia centena de lojas de todo o país.
Para além desta homenagem, que respeita as memórias e o passado, os irmãos elevaram o produto a um patamar superior e diferenciado, tendo como base a sustentabilidade ambiental. As cápsulas de café são “produzidas a partir de materiais compostáveis, à base de plantas, sem recorrer à utilização de alumínio e plástico”.
Se acrescentarmos a “qualidade seleccionada”, a Kukken Caffè ” aspira ser única no mundo.
Audácia e espírito empreendedor não faltam a estes dois empresários, porque sonharam, desenharam a ideia e tiraram-na do papel, fazendo acontecer o sonho alicerçado no passado, mas com olhos postos no futuro.
Conheça os premiados das outras categorias: