Uma empresa de Rebordosa, Paredes, dedicada ao comércio de madeira, folhas de madeira e derivados, deixou de negociar com a Rússia mal soube da invasão à Ucrânia, noticia o jornal Eco, por uma questão de “moral” e “responsabilidade social”, explicam os administradores.
A Alfredo Nunes Correia, Lda avisou os fornecedores e clientes russos de que enquanto a situação se mantiver não haveriam “relações comerciais”, sendo que deixariam de comprar madeira na Rússia.
Esta empresa tem 15 trabalhadores e também tem fornecedores na Ucrânia. A exposição à Rússia, a quem compra madeira e contraplacados, equivale a dois milhões de euros. No ano passado a unidade industrial facturou 15 milhões de euros.
“É uma decisão difícil porque, além das vendas diretas que fazemos, é um dos nossos principais fornecedores. Sabemos que são empresas privadas e não públicas, mas por uma questão moral e de responsabilidade social – e por conhecermos as pessoas do outro lado, a realidade dos ucranianos -, entendemos que não fazia sentido estar a manter essa relação comercial”, explicou Rui Correia ao Eco.
Adianta ainda que antecipa uma “perda directa de vendas no valor aproximado de um a 1,5 milhões de euros” em 2022, devido a este conflito.