A empresa Águas de Paços de Ferreira vai apresentar o projeto e candidatura de “construção e requalificação” da ETAR de Arreigada, o que terá que ser feito até ao dia 31 de março, avançou hoje o autarca local, em conferência de imprensa.

Humberto Brito explicou que se mantém aberto um aviso, ao abrigo do Programa Norte 2030, para o qual a concessionária Águas de Paços de Ferreira, responsável pela estação de tratamento de águas residuais (ETAR), está a preparar o projeto e respetiva candidatura, sendo que esta será “uma prioridade elencada pela Agência Portuguesa do Ambiente”.

Refira-se que a polémica em torno deste equipamento começou em 2017, quando a autarquia solicitou a sua “ampliação e requalificação”, num investimento de quase cinco milhões de euros. “Dada a especificidade da intervenção a realizar” e pôr não ter “competências internas” para o fazer, a Câmara entregou o projeto externamente.

Só que, a após a conclusão da obra, “verificou-se que a estrutura “não funcionou como definido no projeto”, recordou Humberto Brito. Ou seja, continuou a poluição no Rio Ferreira, motivando, não só a contestação da população local, assim como a de Paredes, ambas afetadas pelas descargas.

Já em 2023, a Câmara de Paços de Ferreira, interpôs uma ação judicial, não só contra o projetista, mas também contra o empreiteiro e a empresa que forneceu o material. “Para além de pretender esclarecer as razões do não funcionamento da ETAR em conformidade com o projeto”, a edilidade reclama “uma indemnização pelos danos sofridos”, sublinhou Humberto Brito, no mesmo encontro com os jornalistas.

A autarquia pretende que lhe seja pago o valor para a construção de uma nova ETAR ou o valor que corresponde ao investimento feito pelo município, de cerca de cinco milhões, por “danos sofridos”, como esclareceu o advogado da Câmara Municipal.

PSD diz que maioria nada fez para resolver a situação. Autarquia considera estas acusações de “caluniosas, difamatórias e insidiosas”

Entretanto, o PSD de Paços de Ferreira visitou a ETAR de Arreigada e, nas redes sociais, acusou o executivo municipal de nada fazer para resolver este “crime ambiental”. O líder do partido social democrata local, Alexandre Costa, foi mais longe ao afirmar que não existe nenhum projeto neste âmbito.

Mas Humberto Brito desmente as acusações e desafia a oposição a “queixar-se ao Ministério Público”, caso tenha “alguma informação sobre alguma ilegalidade cometida por este executivo ou por algum colaborador ou vereador da Câmara Municipal”, em vez de “andar a alimentar uma campanha que visa “destruir o bom nome das pessoas” e do município.

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