Depois da derrota do PSD e do CDS-PP em Lousada, seria de esperar alguma acalmia. Desengane-se quem acha que isso assim será… O expectável é muito vinagre, muita azia e muita mudança que, longe de ser um mal por si só, é um mal necessário.
O CDS-PP já praticamente não se vê e assim será nos próximos três anos, pelo menos. O seu líder surge, nas eleições para dizer que existe, escreve uma larachas do género “O Rei vai nu” e depois tudo fica por aqui. O caminho do CDS-PP em Lousada é o reflexo antecipado daquilo que vai acontecendo a nível nacional, onde o partido perde militantes, perde espaço político e, os poucos que sobejam, se digladiam pelos destroços que sobejam. O CDS-PP só consegue ir a eleições em Lousada amarrado ao PSD sendo completamente incapaz de candidaturas autónomas hábeis a demonstrar o poder político ou o poder das ideias de que a política concelhia carece.
Por seu turno, o PSD está agora em nova disputa. Lousada foi rápida em dar o seu apoio a Paulo Rangel mas essa opção está longe de se poder considerar como a melhor opção. Já muito, aliás, se disse sobre isso… Mas a verdade é que se sente muito nervosismo, que se veem traduzidos em mensagem de ameaças entre militantes, injúrias e tudo o que possam sonhar. Basta abrir aqueles fóruns do PSD no Facebook para se ver. Se juntarmos à derrota do PSD nas eleições autárquicas uma eventual derrota de Paulo Rangel nas eleições diretas, estará o “caldo entornado”. Lousada perderá relevância na estrutura do PSD e será prontamente substituída por outras concelhias do distrito do Porto com figuras de proa e militantes mais bem preparados e relevantes. E ao contrário do que se possa pensar, Rui Rio tem um caminho bem traçado para dividir os votos em Lousada…
O PSD e o CDS-PP estão em lume brando, mas já cheira a queimado. Oxalá alguém apareça para desligar o fogão…