Os Bombeiros Voluntários de Lousada têm percorrido as escolas do município para promoverem o voluntariado, sensibilizando os alunos mais novos para procedimentos a ter em caso de incêndio urbano ou fugas de gás. A actividade é da Câmara Municipal e insere-se no “Passaporte Lousada”.
Para além dos ensinamentos transmitidos às crianças na área da protecção civil, também lhes são dados “conselhos que levam para casa casa e que podem dar aos pais”, conta o comandante da corporação de Lousada que, para além desta acção, anunciou ao Verdadeiro Olhar que os bombeiros estão apostados em “atrair” jovens do município para esta causa.
Assim, no dia 14, os soldados da paz de Lousada vão estar junto de alunos, do 12º ano, com o objectivo de “os envolver na causa dos bombeiros, de forma a trazê-los para a nossa corporação”.
José Carlos Aires reconhece que, actualmente, e à primeira vista, este tipo de instituições “não são muito atractivas”, tendo em conta os tempos que vivemos, “com muitas solicitações e uma maior mobilidade”. Mas, “não podemos esquecer que o voluntariado é uma causa com mais de 600 anos” e que “do ponto de vista pessoal é muito enriquecedora”, é onde se recebe sempre mais do que se dá.
Para o comandante este é um trabalho realizado em prol de “um bem comum”, sendo encarado como uma “missão”, que visa ajudar seja quem ou o que for. Ora, e porque “os nossos jovens estão inseridos numa comunidade, faz todo o sentido darem o seu contributo” à sociedade, sublinhou o comandante.
O corpo activo dos Bombeiros Voluntários de Lousada é constituído por 94 elementos, mas “é preciso renovar”, porque, hoje em dia, esta actividade “requer outro tipo de formação, como sejam “escolaridade, conhecimentos de informática”, entre outros, revela o comandante. Por isso, urge “chamar” os jovens para embarcarem nesta “paixão”. Pelo menos é assim que José Carlos Aires vê este compromisso com todos aqueles que o rodeiam.
E porque é de pequenino que se aprende, a corporação de Lousada tem a funcionar as escolinhas, de infantes e cadetes, e de onde vêm a “maior parte dos bombeiros que, mais tarde, integram o corpo activo”, mas “nunca é demais puxarmos os nossos jovens para a nossa causa”, frisou o comandante.
Aliás, José Carlos Aires aproveita para recordar que foi “há 37 anos” que abraçou esta causa. Tinha vindo da tropa e como o pai foi presidente dos bombeiros e o irmão também estava ligados a esta estrutura, resolveu seguir os passos familiares, dedicando-se a trabalhar para ajudar os outros.
Reconhece que “não é um trabalho fácil”, mas quando pensa naquilo que já fez e nas pessoas que ajudou, sente-se logo “motivado” e, de certeza, com a vida preenchida. Porque não basta sonhar, desejar ou querer. É preciso praticar e actuar. E é isso que todos os bombeiros fazem.