Duas de Einstein

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Fernando Sena EstevesUm professor lançou um desafio aos alunos com a seguinte pergunta: criou Deus tudo o que existe?

Um aluno respondeu, convictamente: Sim, Ele criou…

Deus criou realmente tudo o que existe? Perguntou novamente o professor. Sim Senhor, respondeu o jovem. O professor contrapôs: se Deus criou tudo o que existe, então Deus criou o mal, já que o mal existe! E se concordarmos que as nossas obras são o reflexo de nós próprios, então Deus é mau!

O jovem calou-se perante o argumento do mestre que, feliz, se regozijava por ter provado, uma vez mais, que a fé era um mito.

Outro estudante levanta a mão e diz: Posso fazer uma pergunta, Professor? Claro que sim, respondeu ele.

O jovem fez uma curta pausa e perguntou: Professor, o frio existe? Mas que raio de pergunta é essa?…Lógico que existe, ou acaso nunca sentiste frio?

Responde o aluno: na realidade, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da física, o que consideramos frio, na verdade é a ausência de calor. Todos os corpos ou objetos são passivéis de estudo quando possuem ou transmitem energia, o calor é o que faz que os corpos tenham e transmitam energia. O zero absoluto é a ausência total de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagirem, mas o frio não existe. Nós criamos esta definição para descrever de que maneira nos sentimos quando não temos calor.

E a escuridão, existe? Continuou o estudante. O professor respondeu:

Existe! O estudante respondeu: abescuridão tão pouco existe. A escuridão, na realidade, é a ausência de luz. A luz podemo-la estudar, a escuridão, não! Através do prisma de Nichols, pode decompor-se a luz branca nas suas várias cores, com os diferentes comprimentos de onda. A escuridão, não! Como se pode saber quanto escuro está em determinado espaço? Com base na quantidade de luz presente neste espaço. A escuridão é uma definição utilizada pelo homem para descrever o que ocorre na ausência de luz.

Finalmente, o jovem perguntou: Professor, o mal existe? E este respondeu: como afirmei no início, vemos crimes e violência em todo o mundo. Isto é o mal.

O aluno respondeu: o mal não existe, senhor, ou pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem. Em conformidade com os casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal.… O mal é o resultado da ausência de Deus no coração dos seres humanos. Tal e qual como acontece com o frio quando não há calor, ou com a escuridão quando não há luz.

Este aluno terá sido Albert Einstein.

Einstein e a Igreja Católica

Testemunho de Albert Einstein publicado na revista Time em 23-12-1940 sob o título “Só a cruz não se vergou perante a suástica”.

Sendo um amante da liberdade, quando a revolução nazi se estabeleceu na Alemanha, olhei para as universidades a ver se a defendiam, pois sempre se gabavam de defender a causa da verdade; mas não, as universidades foram imediatamente silenciadas. Então olhei para as grandes editoras de jornais, culos flamantes editoriais de outros tempos tinham proclamado o seu amor pela verdade. Mas, tal como as universidades, foram silenciadas ao fim de muito poucas semanas. Apenas a Igreja enfrentou a campanha de Hitler para suprimir a verdade. Nunca tive antes um interesse especial pela Igreja, mas agora sinto por ela uma grande afeição e admiração, pois só a Igreja teve a coragem e a persistência para defender a verdade intelectual e a liberdade moral. Vejo-me pois forçado a confessar que o que antes desprezava, louvo agora sem reservas.